- Portais
- Projetos cofinanciados
Governo dos Açores lança campanha de sensibilização para combater praga de térmitas
Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática revela que 15.ª Semana dos Resíduos foi a mais participada de sempre nos Açores
Nova cavidade vulcânica descoberta na ilha do Pico, destaca Alonso Miguel
As nossas ilhas são reconhecidas internacionalmente pelos seus elevados níveis de qualidade ambiental e por um extraordinário património natural, que temos a responsabilidade de proteger e de legar às futuras gerações.
O XIV Governo Regional dos Açores está comprometido com a preservação e valorização de todo este património único, tendo como objetivo garantir o desenvolvimento sustentável da Região Autónoma dos Açores, através de uma estratégia centrada no fomento da educação, sensibilização e literacia ambiental, que configuram pilares essenciais para a sustentabilidade ambiental dos Açores.
Estamos absolutamente focados na conservação da natureza e na proteção dos nossos ecossistemas, bem como na preservação da biodiversidade e no combate à proliferação das espécies exóticas invasoras.
É também uma missão prioritária da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática a construção de políticas que garantam a melhoria da gestão de resíduos e uma transição célere para uma economia circular, com vista a atingir as metas definidas a nível regional e contribuir para o cumprimento dos compromissos assumidos a nível nacional e comunitário.
O planeamento e a gestão eficiente dos recursos hídricos representam também importantes desafios, que exigem respostas integradas que permitam assegurar, em quantidade e qualidade adequadas, o abastecimento de água às nossas populações, bem como satisfazer as necessidades atuais da sociedade, perspetivando ainda futuras necessidades expetáveis no contexto de diferentes cenários de evolução social e económica.
As Alterações Climáticas representam um dos maiores desafios com que a humanidade jamais se deparou. É, portanto, necessário que estejamos preparados para garantir a mitigação dos impactes negativos das alterações climáticas, mas, sobretudo, para nos adaptarmos a este fenómeno, assegurando uma transição energética e ecológica firme e responsável, tão acelerada quanto possível, garantindo um desenvolvimento sustentável dos Açores.
A Proteção Civil assume-se cada vez mais como um fator decisivo na segurança e bem-estar da população. É, pois, um desiderato da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, garantir a existência nos Açores de um Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros bem organizado, devidamente equipado, e com capacidade de garantir uma atuação preventiva e de resposta rápida e eficaz a situações de risco, acidente grave ou catástrofe, para evitar a perda de vidas humanas, proteger bens e contribuir para preservar a segurança individual e coletiva dos Açorianos.
13 de Janeiro 2025
Governo dos Açores lança campanha de sensibilização para combater praga de térmitas
A Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática deu início, em novembro de 2024, a uma campanha de sensibilização para o combate à praga das térmitas nos Açores, com o objetivo de promover o conhecimento sobre a biologia e hábitos destes insetos, informar sobre as zonas de risco, alertar para os sinais de infestação e fornecer orientações práticas para a sua contenção e combate. O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, destacou a importância desta iniciativa, referindo que “as térmitas representam uma das pragas urbanas mais destrutivas a nível mundial, com impactos económicos significativos, e, nos Açores, esta realidade não é diferente". "Com esta campanha, pretendemos capacitar a população com o conhecimento necessário para identificar, prevenir e combater a sua propagação”, sublinha. Alonso Miguel explicou que “a campanha é dirigida à população em geral, mas também a entidades locais com papel ativo na gestão territorial, como diversos departamentos governamentais, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e os Peritos Qualificados do Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas. Esta abordagem visa assegurar que os diversos intervenientes estejam devidamente informados e preparados para atuar, de forma coordenada e eficaz, no combate à praga”. Inicialmente lançada com a distribuição de um 'flyer' formativo, a campanha será agora reforçada com ações presenciais em todas as ilhas afetadas. Estão previstas sessões informativas e formativas dirigidas ao público em geral, promovendo o esclarecimento de dúvidas e a partilha de boas práticas de prevenção e combate. “A campanha terá continuidade ao longo do tempo, ajustando-se às necessidades de cada ilha e ao grau de infestação identificado. O compromisso do Governo Regional passa por assegurar uma comunicação constante e atualizada, mantendo a sensibilização ativa e garantindo que as comunidades açorianas estejam devidamente informadas e preparadas para lidar com esta praga de forma preventiva e eficaz,” explica o Secretário Regional. “Atualmente, as térmitas são consideradas a principal praga urbana com efeitos destrutivos em zonas habitacionais, propagando-se de forma natural e lenta de edifício em edifício. No entanto, o transporte de materiais, como mobiliário infestado, tem facilitado a sua disseminação a grandes distâncias, o que explica a introdução e dispersão da praga pelo arquipélago açoriano”, continuou o governante. Nos Açores, estão identificadas quatro espécies de térmitas com diferentes níveis de impacto. A térmita-de-madeira-seca das Índias Ocidentais (Cryptotermes brevis) é considerada a mais prejudicial, estando presente em seis ilhas, não estando confirmada a sua presença apenas no Corvo, Flores e Graciosa,causando danos significativos em estruturas de madeira seca. A térmita-subterrânea-ibérica (Reticulitermes grassei) foi identificada exclusivamente na cidade da Horta, na ilha do Faial, sendo uma espécie subterrânea com elevado potencial destrutivo, enquanto a térmita-subterrânea do Este Americano (Reticulitermes flavipes) está localizada na Caldeira das Lajes e no antigo Bairro Americano, na ilha Terceira, distinguindo-se pela formação de colónias subterrâneas extensas. Por sua vez, a térmita-europeia-de-madeira-húmida (Kalotermes flavicollis) está presente no Faial, Terceira e São Miguel, mas tem impacto reduzido, pois ataca principalmente madeira viva ou em decomposição, sem causar danos estruturais relevantes. O Secretário Regional reforçou a importância da mobilização comunitária e da atuação estratégica no combate a esta praga, tendo em conta que “a contenção da praga das térmitas exige um esforço conjunto entre autoridades e cidadãos, pelo que, com esta campanha, queremos esclarecer a população sobre os sinais de infestação e promover as melhores práticas para evitar a sua dispersão, protegendo o património natural e edificado dos Açores”. O governante com a tutela do Ambiente reforçou o empenho do Governo Regional no combate à proliferação das térmitas e lembrou que, em 2023, "o Governo desenvolveu uma aplicação digital destinada a melhorar a gestão, por parte dos Vigilantes da Natureza, de armadilhas interiores e exteriores, permitindo a georreferenciação e o registo das informações recolhidas de forma mais eficiente”. Alonso Miguel referiu ainda que “adicionalmente, foi lançado o 'Guia Prático para Controlo de Térmitas', disponível ao público em formato digital, juntamente com um folheto informativo que descreve as principais espécies, sinais de infestação e medidas preventivas a adotar”.
18 de Dezembro 2024
Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática revela que 15.ª Semana dos Resíduos foi a mais participada de sempre nos Açores
A Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática dinamizou a 15.ª Semana dos Resíduos dos Açores, que decorreu entre 16 e 24 de novembro, subordinada ao tema “Desperdício Alimentar”. Esta iniciativa, inserida na 16.ª Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, contou com o desenvolvimento de diversas ações em todas as ilhas, organizadas por entidades públicas e privadas. De acordo com o Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, “a 15.ª Semana dos Resíduos dos Açores pretendeu sensibilizar a sociedade para um dos maiores desafios ambientais globais, o desperdício alimentar. Estima-se que, a nível europeu, sejam desperdiçadas anualmente mais de 59 milhões de toneladas de alimentos, o equivalente a uns impressionantes 131 kg por pessoa, com graves consequências económicas, sociais e ambientais”. Alonso Miguel destacou ainda que “esta é uma realidade cada vez mais evidente e que tem provocado repercussões económicas, sociais e ambientais um pouco por todo o mundo, representando um contributo significativo para o desperdício de recursos, como a água e energia, degradação dos ecossistemas, perda de biodiversidade e o aumento das emissões de gases com efeito de estufa, na produção desses alimentos desperdiçados, com efeitos negativos para o meio ambiente e para o futuro do planeta”. Este ano, a Semana dos Resíduos dos Açores registou o maior número de iniciativas desde a sua criação, com cerca de 300 atividades realizadas em toda a Região, evidenciando uma crescente consciência pública sobre a importância de uma gestão sustentável dos resíduos e da promoção da economia circular. Entre as atividades promovidas, destacaram-se oficinas de culinária sustentável, palestras com especialistas em nutrição e sustentabilidade, programas de compostagem doméstica, entre outras iniciativas, que ajudaram a disseminar boas práticas para reduzir o desperdício alimentar e melhorar o aproveitamento dos recursos. A iniciativa envolveu 95 entidades regionais, incluindo diversos departamentos da Administração Pública Regional, Autarquias, empresas privadas, operadores de gestão de resíduos, estabelecimentos de ensino, associações e Organizações Não-Governamentais. Para Alonso Miguel, “esta grande adesão demonstra um avanço significativo na sensibilização da população e no envolvimento coletivo em torno de um tema tão relevante. Entre as ações promovidas diretamente pela Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, destacam-se 30 sessões, que alcançaram cerca de 730 alunos, com atividades diversificadas, como a limpeza das margens da Lagoas, coloração de têxteis com biorresíduos, leitura de contos infantis e visitas a Centros de Processamento de Resíduos”. A nível europeu, o impacto da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos também foi significativo, com o registo de 12 724 ações em 29 países, das quais 463 ocorreram em Portugal, evidenciando o papel ativo do país, e particularmente dos Açores, na mobilização pela redução de resíduos e pela promoção da sustentabilidade. Alonso Miguel sublinhou que “os esforços e as campanhas de sensibilização desenvolvidos no âmbito destas iniciativas têm contribuído não só para a mudança de comportamentos, mas também para resultados concretos na gestão de resíduos”, concluindo que “a contínua subida das taxas de preparação para a reciclagem nos Açores, ano após ano, são a prova dessa evolução positiva relativamente à consciencialização da população à implementação de boas práticas ambientais, aspetos que são determinantes para a construção de um futuro mais sustentável”.