Governo dos Açores inaugura Zona de Apoio, Acolhimento e Descanso da Fajã da Caldeira de Santo Cristo
Alonso Miguel destaca aumento da taxa de reciclagem nos Açores
Governo dos Açores apresenta projeto de requalificação da Mata Ajardinada da Lagoa do Congro
As nossas ilhas são reconhecidas pelos seus elevados níveis de qualidade ambiental, pelo que é necessário salvaguardar todo o seu património natural, através da conservação e preservação da natureza, bem como mitigar os efeitos das alterações climáticas.
A Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas tem como missão garantir a manutenção da qualidade ambiental, a conservação da natureza, a proteção dos ecossistemas, bem como a gestão dos recursos hídricos e um eficiente ordenamento do território.
Esta Secretaria estabeleceu como prioridade a aposta na produção de energias renováveis, reforço da aposta na microprodução energéticas, assim como, pretender avançar na transição para a mobilidade elétrica. Outra prioridade será a melhoria da eficiência na prevenção e gestão de resíduos da Região.
Daremos também especial atenção à gestão dos recursos hídricos e à proteção dos ecossistemas mais debilitados e sensíveis. Prosseguiremos uma verdadeira política de ordenamento do território, de proteção da paisagem, de valorização ambiental, integrando a sociedade civil e envolvendo as autarquias locais e todos os agentes económicos.
Todos temos o dever de garantir a nossa sustentabilidade no presente sem comprometer as gerações vindouras.
5 de Agosto 2022
Governo dos Açores inaugura Zona de Apoio, Acolhimento e Descanso da Fajã da Caldeira de Santo Cristo
O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, inaugurou esta tarde, em São Jorge, a Zona de Apoio, Acolhimento e Descanso da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, infraestruturas que permitem o acolhimento, apoio e bem-estar dos visitantes daquele ex-libris dos Açores. De acordo com Alonso Miguel, “a caldeira do Santo Cristo é, de facto, um local muito especial, um património natural magnífico, classificado como Área de Paisagem Protegida, integrada no Parque Natural de Ilha de São Jorge, e como Zona Especial de Conservação, no âmbito da Rede Natura 2000. É ainda um sítio RAMSAR, um Geossítio prioritário com relevância nacional e internacional no âmbito do Geoparque Açores e Zona Núcleo da Reserva da Biosfera das Fajãs de São Jorge”. “Com todo este enquadramento, é natural que este seja um sítio com enorme procura e visitação. É, por isso, fundamental encontrar um equilíbrio entre o interesse de desenvolvimento socioeconómico das comunidades e as superiores preocupações de conservação da natureza e dos ecossistemas que ali existem", afirmou o Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas. Segundo o governante, “no âmbito do projeto, foram criadas duas zonas distintas, divididas pela linha de água que atravessa o terreno, uma primeira composta por um edifício, devidamente integrado na paisagem, onde se inclui uma receção, balneário, parque infantil, churrasqueiras e uma zona de merendas, a par de um conjunto de infraestruturas de apoio, e uma segunda área onde os pavimentos foram modelados e arrelvados com vista a melhorar as condições de fruição”. “A norte do terreno foi criado um anfiteatro com três patamares em relvado, que permitirá a realização de diversas atividades, bem como um maior aproveitamento da área destinada ao acampamento”, referiu. O governante realçou ainda que o edifício criado “apresenta uma arquitetura própria, inspirada pelas antigas casas dos barcos existentes nesta fajã, recuperando assim a memória e identidade do local”. O Secretário Regional destacou que o projeto representa “um investimento do Governo Regional de cerca de 400 mil euros, cofinanciado pelo PO 2020, executado pela Câmara Municipal da Calheta, no âmbito de um contrato ARAAL”, permitindo concretizar “uma expetativa antiga dos jorgenses, dignificando aquele espaço de uma forma responsável e enquadrada com as preocupações ambientais que este sítio exige". “A conclusão deste projeto representa também a execução de mais uma das medidas previstas no Plano de Gestão das Fajãs da Caldeira de Santo Cristo e dos Cubres, que visa estabelecer um conjunto de ações que permitam uma gestão mais criteriosa sobre o uso do espaço e dos recursos, bem como dotar estas unidades territoriais de um conjunto de infraestruturas que visem a melhoria das condições dos moradores, proprietários e visitantes”, concluiu Alonso Miguel.
19 de Julho 2022
Alonso Miguel destaca aumento da taxa de reciclagem nos Açores
O Secretário Regional do Ambiente e das Alterações Climáticas congratulou-se hoje, em Angra do Heroísmo, com o aumento de 3,5% da taxa de reciclagem nos Açores registada em 2021, atingindo 32,3%, mas frisou que a meta da União Europeia para 2025 é de 55%. Alonso Miguel falava à margem da sessão de apresentação do Relatório dos Resíduos Urbanos dos Açores, referentes ao ano de 2021, que teve lugar na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, em Angra do Heroísmo. “É uma subida importante, mas há aqui ainda um longo percurso pela frente ao nível da gestão de resíduos na região, que implica um compromisso de todos, designadamente do Governo Regional, das câmaras municipais, dos operadores de gestão de resíduos e sobretudo da população”, adiantou o governante. O Secretário Regional disse ainda esperar alcançar esse desígnio com a “colaboração da população”. “São metas exigentes, mas são as que foram definidas e nós tudo faremos para as atingir. A conclusão do ecoparque de São Miguel dará um contributo importante”, sublinhou. Das nove ilhas do arquipélago, sete já ultrapassam as metas da União Europeia, com taxas entre os 67,2% no Faial e os 77,9% em Santa Maria. As duas ilhas mais populosas e com maior produção de resíduos, continuam abaixo dos 55%, com São Miguel a atingir 26,7% e a Terceira 19,8%. “A quantidade de volumes produzidos nas ilhas mais pequenas, tirando Terceira e São Miguel, permite que se faça uma triagem manual, fina, que permite recuperar grande parte dos resíduos recicláveis”, explicou. No caso da Terceira e de São Miguel, continuou o responsável pela pasta do ambiente, a “triagem é quase sempre industrial, pouco fina, e que leva a que não seja possível recuperar uma quantidade tão grande”. Foi também registado um aumento na produção de resíduos urbanos em 2021, atingindo 150 mil toneladas, o que, segundo Alonso Miguel, “ficou a dever-se essencialmente à retoma das atividades de hotelaria e restauração e também ao aumento do fluxo turístico, que se verificou em 2021”. O Secretário Regional admitiu a necessidade de redução da produção de resíduos na região, mas alertou para as dificuldades decorrentes das elevadas importações no arquipélago. “Vivemos em ilhas e somos obrigados a importar grande parte dos produtos que consumimos e esses produtos, para poderem ser colocados, muitas vezes, no mercado regional, têm de ser embalados de uma forma muito mais elaborada, com vários invólucros”, justificou. “É difícil conseguir reduzir a produção de resíduos. Evidentemente, passa muito pela consciencialização da população. As pessoas são livres de comprarem aquilo que entenderem, muito mais num mercado globalizado, mas temos de continuar a trabalhar na sensibilização para as pessoas para uma redução”, acrescentou. No entanto, o governante frisou que se registou “uma melhoria ao nível das operações de tratamento de resíduos, numa altura em que a região já valorizou mais de metade dos seus resíduos produzidos (56,8%)”.