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O monte submarino Condor (Açores, Atlântico Nordeste) foi uma área importante para pesca local durante décadas. Este banco alberga habitats importantes para a conservação, como jardins de corais, agregações de esponjas de profundidade e subpopulações de peixes demersais com elevado valor comercial. Em 2008 tornou-se num observatório científico para investigar vários aspetos dos ecossistemas dos montes submarinos, vedando a pesca de fundo, em 2010, para esse fim. Em 2016 o Condor foi designado área protegida do Parque Marinho dos Açores para a gestão dos recursos pesqueiros.
O projeto CONDOR teve início em 2009 e tem como principais objetivos a monitorização anual de abundâncias e biomassa de peixes demersais e sua recuperação após cessação da pesca. A comunidade de peixes demersais mostra um zonamento da distribuição batimétrica. Após nove anos de cessação da pesca, o P. bogaraveo, mostra um aumento elevado de abundância e biomassa como resposta positiva à proteção. Noutras espécies, estes indicadores flutuam e os efeitos da proteção não são tão diretos.
A marcação de peixes demersais é efetuada desde 2010, usando marcas tradicionais em quase todas as espécies, e a telemetria acústica em P. bogaraveo, Polyprion americanus, H. dactylopterus e alguns tubarões de profundidade. Em geral, os resultados indicam um grau de residência substancialmente mais alto do que o previsto (exceto tubarões). Estes resultados destacam a importância dos montes submarinos para a ecologia destas espécies e o potencial das áreas protegidas para gerir a pesca demersal nos montes submarinos.