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Biodiversidade marinha

Rede de Arrojamento de Cetáceos dos Açores

A Rede de Arrojamentos de Cetáceos dos Açores (RACA) foi implementada através da Resolução n.º 72/2006 de 29 de Junho com os seguintes objetivos:

a) Minimizar as possíveis ameaças dos arrojamentos de animais marinhos para a segurança e saúde humanas;

b) Minimizar a dor e o sofrimento de animais arrojados vivos;

c) Obter o máximo de benefícios científicos e educacionais de animais arrojados vivos ou mortos. 

Atualmente, o Decreto Legislativo Regional n.º 15/2012/A de 2 de abril (Regime jurídico da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade) constitui o instrumento legal onde se enquadra a RACA.  A estrutura de funcionamento da RACA é coordenada a nível regional pelo departamento da administração regional autónoma competente em matéria de conservação da natureza no mar (DRAM) e, a nível local, pelos serviços operativos de ilha da autoridade ambiental (SRAAC).

Os arrojamentos de animais marinhos permitem a recolha sistematizada de informação científica e são um contributo valioso para o conhecimento do meio marinho, à escala regional e global.

A formação prática regular de parceiros, voluntários e colaboradores assim como a implementação de protocolos de arrojamento que permitam uma resposta e amostragem atempada e adequada a cada situação.

Cada evento de arrojamento é único e a resposta vai depender de fatores como a localização, a espécie, o tamanho do animal arrojado, o seu estado de decomposição e do tipo de arrojamento.

É necessária uma coordenação dos esforços de várias entidades e indivíduos de forma a prestar a atenção adequada aos animais arrojados que chegam doentes ou mortos em qualquer local da costa na região.  Uma resposta otimizada aos arrojamentos a nível científico, com recolha padronizada de dados e amostras, permite uma melhor gestão das espécies melhorando o conhecimento do estado sanitário das populações e consequentemente a avaliação do seu estado de conservação.

A análise científica dos animais arrojados pode contribuir para obter parâmetros biológicos de numerosas espécies, aumentar o conhecimento sobre as suas patologias e monitorizar o tipo, a origem e níveis de contaminantes oceânicos a que estão expostos, para além dos riscos e ameaças antropogénicas a que estes animais estão sujeitos.

Os dados que se podem recolher a partir de animais arrojados providenciam ainda uma forma de amostrar as populações que habitam o mar e possibilitam, nalguns casos, dados que não estão acessíveis através de outras formas de monitorização.

Atualmente, a RACA está a ser reestruturada e em fase de otimização da eficácia de resposta aos eventos de arrojamento na RAA, nomeadamente através da participação da DRAM em projetos europeus, como o Marcet, Indicit, Mistic Seas e Life IP Azores Natura.

Caso encontre um animal arrojado ou em dificuldades no mar pode colaborar connosco, contactando-nos através do número +351 912 233 518.