Presidência do Governo Regional
José Manuel Bolieiro propõe novo pacto linguístico e cultural no espaço ibero-americano
José Manuel Bolieiro propõe novo pacto linguístico e cultural no espaço ibero-americano
Presidência do Governo Regional
Intervenção do Presidente do Governo
Intervenção do Presidente do Governo
Presidência do Governo Regional
José Manuel Bolieiro considera plano da ANA para o Aeroporto de Ponta Delgada “um passo decisivo para o futuro dos Açores”
José Manuel Bolieiro considera plano da ANA para o Aeroporto de Ponta Delgada “um passo decisivo para o futuro dos Açores”
12 de Novembro 2025
José Manuel Bolieiro propõe novo pacto linguístico e cultural no espaço ibero-americano
12 de Novembro 2025
Intervenção do Presidente do Governo
11 de Novembro 2025
José Manuel Bolieiro considera plano da ANA para o Aeroporto de Ponta Delgada “um passo decisivo para o futuro dos Açores”
Nota de Boas Vindas
Bem vindo ao sítio web do Presidente do XIV Governo Regional dos Açores.
Nota de Imprensa
12 de Novembro 2025
José Manuel Bolieiro propõe novo pacto linguístico e cultural no espaço ibero-americano
O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, participou, esta terça-feira, à distância, na sessão de abertura da IV Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola (CILPE2025), que decorre na cidade da Praia, em Cabo Verde. A iniciativa, organizada pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), reúne mais de 70 especialistas de 12 países, que, ao longo de vários dias, debatem o papel das línguas portuguesa e espanhola no mundo contemporâneo, bem como a valorização das línguas autóctones e da diversidade cultural. Depois de três edições realizadas em países da América Latina, a conferência chega pela primeira vez ao continente africano. A escolha de Cabo Verde e da sua capital tem um significado que ultrapassa o simbolismo: representa uma opção estratégica que reforça os laços históricos, culturais e linguísticos entre continentes, promovendo a aproximação entre povos e a construção de uma cidadania mais inclusiva e global. Este ano, a realização da CILPE na Praia coincide com dois marcos relevantes: os 75 anos de existência da OEI e o 50.º aniversário da independência de Cabo Verde, o que reforça o carácter comemorativo e cooperativo desta edição, centrada na defesa dos valores da educação, dos direitos humanos e da cooperação cultural e linguística entre os mundos lusófono e hispânico. Entre as personalidades presentes no programa destacam-se figuras como o Cardeal José Tolentino de Mendonça, o académico Darío Villanueva, membro da Real Academia Española, e o ex-Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, a par de investigadores e decisores políticos de toda a comunidade ibero-americana. O líder do executivo açoriano saudou a realização do evento e sublinhou a importância da escolha de Cabo Verde como “exemplo vivo de diálogo e de interculturalidade”, lembrando também os fortes laços que unem o arquipélago cabo-verdiano aos Açores, onde reside uma expressiva comunidade cabo-verdiana. O governante destacou o papel da Macaronésia, que integra os arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde, como “ponte natural entre continentes”, sublinhando que “o oceano partilhado não é barreira, é elo”, e referiu ainda a posição singular dos Açores como a região europeia mais próxima das américas, um território que historicamente tem servido de ponto de encontro entre culturas e civilizações. José Manuel Bolieiro defendeu a criação de um Pacto Atlântico Ibero-Americano, centrado na gestão partilhada dos recursos culturais e naturais. “Os Açores têm não só o interesse, mas também o dever de participar ativamente neste desígnio coletivo”, afirmou o Presidente do Governo dos Açores. E acrescentou: “que esta conferência inspire novas pontes de cooperação e reafirme o papel das nossas línguas como instrumentos de união e de futuro entre povos e continentes”. Nota relacionada: Intervenção do Presidente do Governo
12 de Novembro 2025
José Manuel Bolieiro propõe novo pacto linguístico e cultural no espaço ibero-americano
O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, participou, esta terça-feira, à distância, na sessão de abertura da IV Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola (CILPE2025), que decorre na cidade da Praia, em Cabo Verde. A iniciativa, organizada pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), reúne mais de 70 especialistas de 12 países, que, ao longo de vários dias, debatem o papel das línguas portuguesa e espanhola no mundo contemporâneo, bem como a valorização das línguas autóctones e da diversidade cultural. Depois de três edições realizadas em países da América Latina, a conferência chega pela primeira vez ao continente africano. A escolha de Cabo Verde e da sua capital tem um significado que ultrapassa o simbolismo: representa uma opção estratégica que reforça os laços históricos, culturais e linguísticos entre continentes, promovendo a aproximação entre povos e a construção de uma cidadania mais inclusiva e global. Este ano, a realização da CILPE na Praia coincide com dois marcos relevantes: os 75 anos de existência da OEI e o 50.º aniversário da independência de Cabo Verde, o que reforça o carácter comemorativo e cooperativo desta edição, centrada na defesa dos valores da educação, dos direitos humanos e da cooperação cultural e linguística entre os mundos lusófono e hispânico. Entre as personalidades presentes no programa destacam-se figuras como o Cardeal José Tolentino de Mendonça, o académico Darío Villanueva, membro da Real Academia Española, e o ex-Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, a par de investigadores e decisores políticos de toda a comunidade ibero-americana. O líder do executivo açoriano saudou a realização do evento e sublinhou a importância da escolha de Cabo Verde como “exemplo vivo de diálogo e de interculturalidade”, lembrando também os fortes laços que unem o arquipélago cabo-verdiano aos Açores, onde reside uma expressiva comunidade cabo-verdiana. O governante destacou o papel da Macaronésia, que integra os arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde, como “ponte natural entre continentes”, sublinhando que “o oceano partilhado não é barreira, é elo”, e referiu ainda a posição singular dos Açores como a região europeia mais próxima das américas, um território que historicamente tem servido de ponto de encontro entre culturas e civilizações. José Manuel Bolieiro defendeu a criação de um Pacto Atlântico Ibero-Americano, centrado na gestão partilhada dos recursos culturais e naturais. “Os Açores têm não só o interesse, mas também o dever de participar ativamente neste desígnio coletivo”, afirmou o Presidente do Governo dos Açores. E acrescentou: “que esta conferência inspire novas pontes de cooperação e reafirme o papel das nossas línguas como instrumentos de união e de futuro entre povos e continentes”. Nota relacionada: Intervenção do Presidente do Governo
Intervenção
12 de Novembro 2025
Intervenção do Presidente do Governo
Texto integral da intervenção do Presidente do Governo, José Manuel Bolieiro, proferida na terça-feira, por via digital, na sessão de abertura CILPE2025 - IV Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola: “Saúdo-vos, a todos, a partir do arquipélago dos Açores. Lamento, profundamente, não poder estar convosco fisicamente, hoje e aí na cidade da Praia, o que seria um gosto pessoal e institucional. São as inadiáveis responsabilidades da governação regional, neste período de debate e votação orçamental, para o Plano e Orçamento regionais para 2026, que me impossibilitam a ausência cá e a presença aí, entre vós. No entanto, não poderia deixar de me associar, ainda que à distância, a esta 4.ª Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola. E faço-o com enorme sentido de oportunidade e de relevância. Para evitar a ausência total, faço-me presente por esta via audiovisual, pedindo a vossa compreensão para esta alternativa. Quero, em primeiro lugar, felicitar calorosamente a Organização de Estados Ibero-americanos e todas as entidades coorganizadoras por esta magnífica iniciativa. A decisão de realizar a CILPE2025 no continente africano, e especificamente em Cabo Verde, é, como o vosso documento programático refere, "descentralizadora e simbólica". É, acima de tudo, profundamente estratégica. Aliás, exalto a opção. Num ano em que Cabo Verde comemora 50 anos da sua independência, esta conferência na cidade da Praia é o reconhecimento justo do papel de Cabo Verde como uma nação de diálogo e um exemplo vivo de interculturalidade. Aproveito o ensejo para dirigir especial e calorosa saudação ao povo cabo-verdiano, que aliás tem significativa comunidade aqui nas nossas ilhas dos Açores. Esta Conferência reúne decisores políticos e especialistas de topo, e fá-lo sublinhando, e muito bem, o papel da Macaronésia como ponte cultural, científica e económica entre continentes. Os Açores, a cujo governo regional tenho a honra de presidir, são parte fundadora e integrante desta comunidade de arquipélagos atlânticos—juntamente com os nossos irmãos de Cabo Verde, das Canárias e da Madeira. O oceano que partilhamos não nos separa; une-nos. E nesta rede de ilhas que desenha as rotas do Atlântico, o arquipélago dos Açores assume uma posição geoestratégica absolutamente singular. Somos, é da geografia imutável, a região europeia mais próxima das Américas. Esta proximidade não é, no entanto, apenas um dado geográfico. É uma realidade histórica, cultural, humana e económica que tem vindo a moldar a nossa própria identidade. Os Açores são e têm sido, por vocação e por história, um ponto de encontro de rotas, um porto de abrigo e de partida para o intercâmbio entre a Europa, África e as Américas. Por isso, compreendemos de forma muito particular a importância dos temas centrais que aqui nos reúnem. O lema — Multilinguismo, Interculturalidade, Cidadania — capta perfeitamente os desafios do nosso tempo. As nossas línguas, a portuguesa e a espanhola, representam uma comunidade de quase 850 milhões de falantes. Este é um ativo extraordinário. E o seu verdadeiro valor não é apenas demográfico; é um potencial estratégico para a coesão social, para a defesa dos valores democráticos, para a promoção de uma cidadania global e inclusiva, que relembra e cultiva o legado histórico de cosmopolitismo, de universalismo inclusivo e multicultural. Num mundo em acelerada mudança, com sérios riscos de retrocessos civilizacionais, atávicos e isolacionistas, repletos de fobias inaceitáveis, temos de nos preparar para sair vencedores desta batalha, bem como vitoriosos dos desafios modernos da Inteligência Artificial e da emergência de práticas de desenvolvimento sustentável. Para tal pode ser relevante esta ponte de sabedoria que a cooperação entre os nossos espaços linguísticos pode despertar, em geral e em especial na comunicação digital. Os debates que aqui terão lugar sobre a geopolítica das línguas, a mobilidade e a economia criativas são cruciais para desenharmos linhas de ação conjunta. Reafirmo, por isso, o total empenho do Governo dos Açores nos valores e objetivos desta conferência. Permitam-me, porém, que evidencie o valor da lusofonia e da hispanofonia como notas de futuro comunicacional, que alie cultura e identidade às estratégias dos futuros líquidos. Da modernidade líquida que vivemos. Esta conferência sobre multilinguismo pode e deve ser, pois, um pilar essencial para este desafio de âmbito geopolítico. Na verdade, a consolidação efetiva do nosso espaço comum, transcenderá a "comunidade de afetos" que já somos, alcançando o patamar de uma comunidade coesa e estratégica nas influências gerais do cenário global. O Oceano Atlântico é o eixo geoeconómico e geoestratégico que nos une. A sua gestão sustentável, por nós acompanhada, torná-la-á mais segura e perene. Disso devemos fazer um imperativo mobilizador da nossa coesão. Quero, por isso, deixar uma nota final de compromisso. Um dos grandes desafios que temos pela frente será, sem dúvida, a concretização de um verdadeiro "Pacto Atlântico Ibero-Americano”, focado na governação comum dos nossos recursos de identidade cultural e de natureza. Pela nossa posição histórica e geográfica ímpar, como a região europeia mais próxima das Américas, os Açores têm não só o interesse, mas todo o empenho e determinação em exaltar este processo e ser parte ativa na afirmação deste desígnio, caso seja esse o desejo de todos os parceiros. Contem com os Açores. Desejo a todos os participantes um trabalho muito profícuo. Que da cidade da Praia, hoje coração da Macaronésia, possam emergir contributos decisivos para o futuro desta nossa vibrante comunidade global. A comunidade Ibero-Americana. Bem hajam. Muito obrigado.”
12 de Novembro 2025
Intervenção do Presidente do Governo
Texto integral da intervenção do Presidente do Governo, José Manuel Bolieiro, proferida na terça-feira, por via digital, na sessão de abertura CILPE2025 - IV Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola: “Saúdo-vos, a todos, a partir do arquipélago dos Açores. Lamento, profundamente, não poder estar convosco fisicamente, hoje e aí na cidade da Praia, o que seria um gosto pessoal e institucional. São as inadiáveis responsabilidades da governação regional, neste período de debate e votação orçamental, para o Plano e Orçamento regionais para 2026, que me impossibilitam a ausência cá e a presença aí, entre vós. No entanto, não poderia deixar de me associar, ainda que à distância, a esta 4.ª Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola. E faço-o com enorme sentido de oportunidade e de relevância. Para evitar a ausência total, faço-me presente por esta via audiovisual, pedindo a vossa compreensão para esta alternativa. Quero, em primeiro lugar, felicitar calorosamente a Organização de Estados Ibero-americanos e todas as entidades coorganizadoras por esta magnífica iniciativa. A decisão de realizar a CILPE2025 no continente africano, e especificamente em Cabo Verde, é, como o vosso documento programático refere, "descentralizadora e simbólica". É, acima de tudo, profundamente estratégica. Aliás, exalto a opção. Num ano em que Cabo Verde comemora 50 anos da sua independência, esta conferência na cidade da Praia é o reconhecimento justo do papel de Cabo Verde como uma nação de diálogo e um exemplo vivo de interculturalidade. Aproveito o ensejo para dirigir especial e calorosa saudação ao povo cabo-verdiano, que aliás tem significativa comunidade aqui nas nossas ilhas dos Açores. Esta Conferência reúne decisores políticos e especialistas de topo, e fá-lo sublinhando, e muito bem, o papel da Macaronésia como ponte cultural, científica e económica entre continentes. Os Açores, a cujo governo regional tenho a honra de presidir, são parte fundadora e integrante desta comunidade de arquipélagos atlânticos—juntamente com os nossos irmãos de Cabo Verde, das Canárias e da Madeira. O oceano que partilhamos não nos separa; une-nos. E nesta rede de ilhas que desenha as rotas do Atlântico, o arquipélago dos Açores assume uma posição geoestratégica absolutamente singular. Somos, é da geografia imutável, a região europeia mais próxima das Américas. Esta proximidade não é, no entanto, apenas um dado geográfico. É uma realidade histórica, cultural, humana e económica que tem vindo a moldar a nossa própria identidade. Os Açores são e têm sido, por vocação e por história, um ponto de encontro de rotas, um porto de abrigo e de partida para o intercâmbio entre a Europa, África e as Américas. Por isso, compreendemos de forma muito particular a importância dos temas centrais que aqui nos reúnem. O lema — Multilinguismo, Interculturalidade, Cidadania — capta perfeitamente os desafios do nosso tempo. As nossas línguas, a portuguesa e a espanhola, representam uma comunidade de quase 850 milhões de falantes. Este é um ativo extraordinário. E o seu verdadeiro valor não é apenas demográfico; é um potencial estratégico para a coesão social, para a defesa dos valores democráticos, para a promoção de uma cidadania global e inclusiva, que relembra e cultiva o legado histórico de cosmopolitismo, de universalismo inclusivo e multicultural. Num mundo em acelerada mudança, com sérios riscos de retrocessos civilizacionais, atávicos e isolacionistas, repletos de fobias inaceitáveis, temos de nos preparar para sair vencedores desta batalha, bem como vitoriosos dos desafios modernos da Inteligência Artificial e da emergência de práticas de desenvolvimento sustentável. Para tal pode ser relevante esta ponte de sabedoria que a cooperação entre os nossos espaços linguísticos pode despertar, em geral e em especial na comunicação digital. Os debates que aqui terão lugar sobre a geopolítica das línguas, a mobilidade e a economia criativas são cruciais para desenharmos linhas de ação conjunta. Reafirmo, por isso, o total empenho do Governo dos Açores nos valores e objetivos desta conferência. Permitam-me, porém, que evidencie o valor da lusofonia e da hispanofonia como notas de futuro comunicacional, que alie cultura e identidade às estratégias dos futuros líquidos. Da modernidade líquida que vivemos. Esta conferência sobre multilinguismo pode e deve ser, pois, um pilar essencial para este desafio de âmbito geopolítico. Na verdade, a consolidação efetiva do nosso espaço comum, transcenderá a "comunidade de afetos" que já somos, alcançando o patamar de uma comunidade coesa e estratégica nas influências gerais do cenário global. O Oceano Atlântico é o eixo geoeconómico e geoestratégico que nos une. A sua gestão sustentável, por nós acompanhada, torná-la-á mais segura e perene. Disso devemos fazer um imperativo mobilizador da nossa coesão. Quero, por isso, deixar uma nota final de compromisso. Um dos grandes desafios que temos pela frente será, sem dúvida, a concretização de um verdadeiro "Pacto Atlântico Ibero-Americano”, focado na governação comum dos nossos recursos de identidade cultural e de natureza. Pela nossa posição histórica e geográfica ímpar, como a região europeia mais próxima das Américas, os Açores têm não só o interesse, mas todo o empenho e determinação em exaltar este processo e ser parte ativa na afirmação deste desígnio, caso seja esse o desejo de todos os parceiros. Contem com os Açores. Desejo a todos os participantes um trabalho muito profícuo. Que da cidade da Praia, hoje coração da Macaronésia, possam emergir contributos decisivos para o futuro desta nossa vibrante comunidade global. A comunidade Ibero-Americana. Bem hajam. Muito obrigado.”