- X Jornadas Florestais da Macaronésia
Calendários venatórios para a época 2025 – 2026 publicados em Jornal Oficial
Uso de ‘drones’ tem sido um “poderoso aliado” na conservação ambiental, sublinha António Ventura
Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação comemora o Dia Internacional das Florestas
A Direção Regional dos Recursos Florestais e Ordenamento Territorial (DRRFOT) é o serviço de natureza operativa da Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, a quem compete apoiar na definição da política de ordenamento, proteção, desenvolvimento e uso dos recursos florestais, cinegéticos e piscícolas das águas interiores da Região Autónoma dos Açores.
A DRRFOT dispõe dos seguintes serviços: Direção de Serviços Florestais (DSF), que compreende as Divisões de Gestão para o Uso Múltiplo (DGU), de Ordenamento e Sistemas de Informação (DOSI) e de Apoio ao Sector Florestal (DASF); Divisão Administrativa, Financeira e de Planeamento (DAFP), que compreende a Secção de Apoio Administrativo (SAA).
A DRRFOT dispõe ainda de serviços operativos (Serviços Florestais) em todas as ilhas do arquipélago.
A DRRFOT tem como missão principal zelar por uma utilização racional dos recursos florestais e naturais da Região, coordenando, fiscalizando e orientando tecnicamente a exploração florestal, e, simultaneamente, promovendo estudos que visem não só a melhoria genética das espécies florestais já existentes, como também a utilização de novas espécies que venham diversificar a floresta açoriana.
Por outro lado, a DRRFOT tem também como missão a manutenção e beneficiação das redes viárias rural e florestal, facilitando assim a entrada dos factores de produção e a saída dos produtos das explorações.
Por fim, à DRRFOT compete ainda a gestão dos recursos cinegéticos e piscícolas das águas interiores da Região, tomando medidas que visem uma utilização racional desses recursos assegurando, simultaneamente, a preservação dessas mesmas espécies.
1 de Julho 2025
Calendários venatórios para a época 2025 – 2026 publicados em Jornal Oficial
O Governo Regional dos Açores publicou já em Jornal Oficial as portarias que estabelecem os calendários venatórios de cada ilha para a próxima época, que se inicia hoje e termina a 30 de junho de 2026. O calendário venatório é constituído de forma a se adequar à realidade de cada ilha e visa fornecer aos caçadores quais as espécies que se podem caçar, o período em que a caça pode ser exercida, o número de peças que podem ser capturadas, os locais onde a caça é permitida e os processos de caça que podem ser utilizados. A Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, através da Direção Regional dos Recursos Florestais e Ordenamento do Território, pretende assegurar que a gestão dos recursos cinegéticos regionais é feita de uma forma sustentável, no respeito pelos princípios de conservação da natureza e do equilíbrio ecológico, e em articulação com as restantes formas de exploração da terra. Nesse sentido, é desenvolvida uma estratégia de gestão que assenta essencialmente no desenvolvimento de estudos técnico-científicos que permitam aprofundar os conhecimentos sobre a biologia e ecologia das espécies cinegéticas na Região; na monitorização da abundância das diferentes espécies cinegéticas e demais trabalhos e estudos desenvolvidos ao longo dos anos pelos serviços florestais de cada ilha; no acompanhamento do esforço de caça praticado; na fiscalização e recolha de dados sobre as jornadas de caça e no estabelecimento de calendários venatórios ajustados à realidade de cada ilha e às circunstâncias do momento, sendo passível de alterações, assim que a evolução da situação o justifique. Todas as propostas para os calendários venatórios para a época de 2025/2026 foram apresentadas, analisadas e discutidas com as organizações de caçadores, associações de agricultores, de produtores florestais e de defesa do ambiente existentes em cada ilha. A Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação informa ainda que as propostas apresentadas pelos parceiros consultados foram consideradas e enquadradas nos respetivos calendários venatórios, mediante consenso entre todos os ouvidos, que merecem um agradecimento por toda a colaboração prestada. A caça prevista para a época venatória de 2025/2026, mantem-se essencialmente nos mesmos níveis da época anterior, excetuando-se o caso das ilhas de São Miguel, Faial e Flores, nas quais está prevista um aumento da caça do coelho-bravo, através do incremento no número de dias de caça, em consequência do registo de níveis de abundância que se pretendem mais controlados. Por outro lado, o declínio registado no efetivo nidificante de narceja-comum nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial, levou a que a caça às narcejas fosse novamente interditada nessas ilhas. Para as demais espécies cinegéticas, a situação populacional não obrigou a alterações de maior, das condicionantes à sua caça. “As espécies cinegéticas enfrentam hoje várias perturbações que conduzem à fragmentação e deterioração de habitats, de nichos ecológicos, alteração da composição e estruturas das comunidades. A estas ameaças juntam-se as alterações climáticas e os fenómenos extremos”, sublinha o Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura. E acrescenta: “As espécies cinegéticas, assumem um papel ecológico fundamental. Os caçadores que exerçam a atividade cinegética de forma ética, adaptativa e sustentável, são elementos essenciais na conservação da natureza, contribuindo assim para a reversão da perda de biodiversidade e degradação dos ecossistemas”.
28 de Maio 2025
Uso de ‘drones’ tem sido um “poderoso aliado” na conservação ambiental, sublinha António Ventura
O Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, sublinhou hoje que o uso de ‘drones’ tem sido um “poderoso aliado na conservação ambiental, plantio florestal e uma poderosa ferramenta associada à conservação dos recursos naturais”. “Os ‘drones’ tem a capacidade de sobrevoar extensas áreas florestais e de obter imagens aéreas de alta resolução”, realçou o governante, num momento em que a Direção Regional dos Recursos Florestais e Ordenamento Territorial (DRRFOT) adquiriu um ‘drone’, com sensor LIDAR, que tem auxiliado na estimativa automática de contagem de árvores, de medição de alturas e melhor definição de traçados de caminhos de exploração. “Em 2022 iniciou-se a avaliação do cálculo da retenção de carbono da floresta açoriana, prevendo-se o seu termino para 2027. É importante salientar que as florestas são os ecossistemas terrestres com maior capacidade de armazenamento de carbono”, destaca António Ventura. Uma das maiores condicionantes relacionadas com o uso de cartografia prende-se com a rápida desatualização de elementos de base (fotografia aéreas, ortofotoimagens, etc.), face às dinâmicas que se verificam ao nível das alterações da ocupação do solo. A produção desta cartografia pelos métodos tradicionais, por exemplo, na aquisição de novas coberturas aerofotográficas, revela-se extremamente onerosa na região, por ser necessário deslocar meios (aeronaves, tripulações), que, face às condições climatéricas, podem permanecer por várias semanas incapacitadas de produzir resultados. Além disso, a produção de cartografia em terrenos com acessibilidades difíceis e condições topográficas adversas, revela-se muito mais eficiente com estes equipamentos do que com o uso de levantamento GPS convencionais. Pretende-se que esta inovação continue a ser uma ferramenta de apoio à decisão em diversas áreas de atuação da DRRFOT, nomeadamente na gestão dos cortes no perímetro florestal, processos de licenciamento de corte de arvoredo privados, projetos de arborização, inventário florestal, gestão da rede viária florestal e rural, bem como na elaboração e acompanhamento de Planos de Gestão Florestal, para além da atividade diária dos Serviços Florestais. A necessidade de novas tecnologias de deteção remota, que permitam por exemplo a obtenção de modelos digitais de terreno, que possibilitem a elaboração de cartas de riscos de inundações, disponibilidade de biomassa ou outra cartografia, apenas será possível com a utilização de sensores LIDAR (Light Detection And Ranging), sistema de varredura a laser, utilizada globalmente no âmbito da geodesia, arqueologia, geografia, geologia, geomorfologia, sismologia, engenharia florestal, oceanografia costeira, deteção remota e física da atmosfera.