Uso de ‘drones’ tem sido um “poderoso aliado” na conservação ambiental, sublinha António Ventura
Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação
O Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, sublinhou hoje que o uso de ‘drones’ tem sido um “poderoso aliado na conservação ambiental, plantio florestal e uma poderosa ferramenta associada à conservação dos recursos naturais”.
“Os ‘drones’ tem a capacidade de sobrevoar extensas áreas florestais e de obter imagens aéreas de alta resolução”, realçou o governante, num momento em que a Direção Regional dos Recursos Florestais e Ordenamento Territorial (DRRFOT) adquiriu um ‘drone’, com sensor LIDAR, que tem auxiliado na estimativa automática de contagem de árvores, de medição de alturas e melhor definição de traçados de caminhos de exploração.
“Em 2022 iniciou-se a avaliação do cálculo da retenção de carbono da floresta açoriana, prevendo-se o seu termino para 2027. É importante salientar que as florestas são os ecossistemas terrestres com maior capacidade de armazenamento de carbono”, destaca António Ventura.
Uma das maiores condicionantes relacionadas com o uso de cartografia prende-se com a rápida desatualização de elementos de base (fotografia aéreas, ortofotoimagens, etc.), face às dinâmicas que se verificam ao nível das alterações da ocupação do solo.
A produção desta cartografia pelos métodos tradicionais, por exemplo, na aquisição de novas coberturas aerofotográficas, revela-se extremamente onerosa na região, por ser necessário deslocar meios (aeronaves, tripulações), que, face às condições climatéricas, podem permanecer por várias semanas incapacitadas de produzir resultados. Além disso, a produção de cartografia em terrenos com acessibilidades difíceis e condições topográficas adversas, revela-se muito mais eficiente com estes equipamentos do que com o uso de levantamento GPS convencionais.
Pretende-se que esta inovação continue a ser uma ferramenta de apoio à decisão em diversas áreas de atuação da DRRFOT, nomeadamente na gestão dos cortes no perímetro florestal, processos de licenciamento de corte de arvoredo privados, projetos de arborização, inventário florestal, gestão da rede viária florestal e rural, bem como na elaboração e acompanhamento de Planos de Gestão Florestal, para além da atividade diária dos Serviços Florestais.
A necessidade de novas tecnologias de deteção remota, que permitam por exemplo a obtenção de modelos digitais de terreno, que possibilitem a elaboração de cartas de riscos de inundações, disponibilidade de biomassa ou outra cartografia, apenas será possível com a utilização de sensores LIDAR (Light Detection And Ranging), sistema de varredura a laser, utilizada globalmente no âmbito da geodesia, arqueologia, geografia, geologia, geomorfologia, sismologia, engenharia florestal, oceanografia costeira, deteção remota e física da atmosfera.