António Ventura presidiu à abertura da VII Bio Feira dos Açores
“Programa VITIS tem tido uma boa prestação em termos de reconversão de vinha nos Açores”, defende António Ventura

Bio Feira dos Açores de 1 a 3 de julho em Angra do Heroísmo
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O agrorural ocupa, uma posição central nas políticas de desenvolvimento do futuro da Região, sendo 99,6% do território Açoriano caracterizado como Meio Rural, abrangendo 93% da população dos Açores.
Nos Açores, o setor primário comporta uma expressão económica, social e territorial de grande relevância para a coesão regional, que marca a identidade de cada uma das nossas nove ilhas e o mérito das suas gentes.
A política para o agrorural açoriano assenta uma visão de futuro, orientada para uma agricultura saudável, sustentável, de preços justos e inclusiva.
Importa referir que a multifuncionalidade da agricultura açoriana permite dar resposta aos reptos dos tempos vindouros, designadamente, na fixação de pessoas, no rejuvenescimento e combate ao envelhecimento, na conservação de recursos naturais (água e solo), na manutenção da biodiversidade animal e vegetal, na coesão territorial, na quantidade e qualidade alimentar, na criação de emprego, na sustentabilidade e diversificação da economia, na complementaridade de rendimento das famílias, no valor estético, no reconhecimento histórico e cultural, no combate às alterações climáticas, no respeito pelo bem-estar animal, nas energias alternativas e no turismo.
O Agrorural assume-se como um ativo estratégico, um bem comum e um valor acrescentado para os Açores.
Nesta Legislatura, vamos reconhecer as nossas produções agroalimentares através dos Planos Estratégicos Sectoriais para as fileiras do leite e da carne e para as fileiras das produções diversificadas.
Daremos um impulso às oportunidades do Agrorural na esfera da bioeconomia e da economia circular, reconhecendo as capacidades da Região para promover a sua sustentabilidade agroalimentar.
A Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural tem a seu cargo as políticas relativas à agricultura, à pecuária e ao desenvolvimento rural, à formação agrária e aconselhamento rural, à gestão e valorização dos recursos florestais, cinegéticos, à diversificação e valorização das produções regionais.
O Secretário Regional, António Ventura
1 de Julho 2022
António Ventura presidiu à abertura da VII Bio Feira dos Açores
O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, António Ventura, presidiu hoje à abertura da VII Bio Feira dos Açores, que decorreu no Pavilhão Multiusos do Parque Multissetorial da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo. Na sua intervenção, António Ventura começou por enaltecer “as potencialidades deste tipo de agricultura”, lembrando que no futuro, todos serão consumidores “deste tipo de produção”. “O nosso compromisso e responsabilidade, com as novas gerações, é apostar numa política pública direcionada para a agricultura e que tenha como objetivo, modos de produção naturais”, afirmou o Secretário Regional, reforçando que é por isso “fundamental sensibilizar os consumidores que ainda não estão sensibilizados”. O governante aproveitou para deixar também uma nota à Bio Azorica, pelo facto de ter “insistido e persistido, junto do poder local e regional”, sensibilizado para a prática do modo de produção biológica. “O Governo Regional, por seu turno, já se demonstrou sensível e assumiu o compromisso de dar continuidade aos Fóruns Bio durante esta legislatura e que têm decorrido por todas as ilhas”, como forma de sensibilização da população. António Ventura lançou, na ocasião, alguns dados relativos ao trabalho do Governo na área, afirmando: “os Açores têm em 2022 uma área de 3.569 hectares de área biológica, com um aumento de 630%, quando comparada a 2019, altura em que havia 560 hectares. Em 2021, havia 2838 hectares, o que corresponde a um aumento de 200%, quando comparada a 2022”. “Os resultados são muito objetivos e estão à vista”, sublinhou António Ventura referindo que “houve ainda um aumento de 100 produtores na área, entre 2019 e 2022, correspondente a um acréscimo de 130%”. O Secretário Regional afirmou ainda que é “um erro os Açores afirmarem-se pela quantidade, antes devem fazê-lo pela sustentabilidade”, reforçando que, este sim, é um trunfo para a Região. “Há muitas oportunidades na ligação à terra”, sublinhou, dizendo que esta é também “uma forma de contrariar o despovoamento nos Açores e a falta de fixação dos jovens”. “A agricultura pode desenvolver outro tipo de negócios nos Açores e existe, nesta área, um potencial enorme”, e fez referência ao “papel fundamental das associações e empresas do sector agrícola regionais”. O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Regional concluiu a sua intervenção deixando a promessa na “continuidade dos apoios majorados, no âmbito do POSEI e do próximo quadro comunitário de apoio, como o PEPAC”.
30 de Junho 2022
“Programa VITIS tem tido uma boa prestação em termos de reconversão de vinha nos Açores”, defende António Ventura
O Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural destacou hoje, em Angra do Heroísmo, os três instrumentos essenciais para o desenvolvimento da área vitivinícola nos Açores utilizados pelo Governo Regional, designadamente o programa VITIS, IVV – Instituto da Vinha e do Vinho e o Plano Estratégico para a Vitivinicultura. António Ventura falava à saída de uma reunião com a direção da Adega Cooperativa dos Biscoitos, onde evidenciou o programa VITIS, cujas candidaturas abriram no passado dia 16 de junho, decorrendo até 29 de julho, como sendo “um programa que tem tido uma boa prestação em termos de reconversão de vinha nos Açores”. “Existem já cerca de 1000 alqueires de terreno reconvertido ao abrigo do programa VITIS no valor de 25 milhões de euros. Este ano, abrimos com o valor total de dois milhões de euros e prevemos que possam existir candidaturas à volta dos 100 alqueires, ou seja 10 hectares, distribuído por todas as ilhas”, disse. “De um modo geral, o programa VITIS pretende dar um impulso e é um dos três instrumentos que o Governo Regional tem em aplicação para desenvolver a vinha e o vinho, quer como atividade económica a tempo inteiro, quer como rendimento complementar de muitas famílias”, acrescentou. O governante frisou que apesar do programa VITIS ter um maior efeito nas regiões demarcadas, como na ilha do Pico, nos Biscoitos, na ilha Terceira e na ilha Graciosa, “é um programa que está aberto a todas as ilhas, apresenta algumas novidades, desde logo a exigência de matéria-prima estar associada a uma transformação, para que não existam excessos nem défices”. “Toda a produção tem que estar assegurada em termos de compra pela transformação, porque esta tem depois a venda aos mercados e para que não haja excessos ou para que o preço continue a ser o mais justo possível, este programa exige essa ligação e este compromisso de compra por parte da transformação”, explicou o governante. Relativamente ao Plano Estratégico para a Vitivinicultura, o Secretário Regional adiantou que “houve um grupo de trabalho que o contruiu e agora este passa ao grupo operacional, que vai operacionalizar nos próximos 10 anos aquilo que são as ações e medidas políticas para que a vinha passe a ser um elemento económico, de abrangência demográfica, social e gastronómica para os Açores.” No que diz respeito ao IVV – Instituto da Vinha e do Vinho, António Ventura adiantou que este está “na fase de regulamentação e até ao final do ano será uma realidade”. O responsável pela pasta da agricultura acrescentou que o Executivo está a pensar contribuir com mais algumas ações de carácter prático no segundo semestre desde ano, de modo a ajudar este setor, desde logo, com a criação de avisos meteorológicos para os produtores de vinho, para que antecipadamente estes possam preparar os tratamentos fitossanitários perante a ação do clima na vinha. “Foi estabelecido também na reunião com a Adega Cooperativa que iremos dar formação em áreas como as enxertias ou as podas, através de uma ligação com as escolas profissionais”, acrescentou. António Ventura frisou ainda a falta de mão-de-obra verificada nesta área, acrescentando ser possível colmatar a mesma com a aposta na formação de jovens, assim como através de uma parceria técnica com a Adega Cooperativa para a “vulgarização para os associados”.