

Espécies alvo - Aves marinhas afetadas pela poluição luminosa nos Açores
Espécies alvo - Aves marinhas afetadas pela poluição luminosa nos Açores
Nos Açores nidificam 10 espécies de aves marinhas, 6 pertencentes à ordem dos Procellariiformes e 4 pertencentes à ordem dos Charadriiformes. A ordem dos Charadriiformes inclui aves marinhas e aves de ambientes costeiros e húmidos, como as gaivotas e os garajaus. Por outro lado, as aves que pertencem à ordem dos Procellariiformes são conhecidas como aves pelágicas, habitam em alto-mar e oceanos abertos, passam a maior parte da sua vida no mar, apenas vem a terra para se reproduzir, caracterizam-se por pôr apenas um ovo por época. Estas aves são essencialmente noturnas em terra e são aquelas que são afetadas pela poluição luminosa.
Alma-negra (Bulweria bulwerii)
Morfologia: Esta ave marinha apresenta uma dimensão de 26-27 cm, é semelhante a um pombo com uma plumagem preto-acastanhada praticamente uniforme.
Distribuição: Esta espécie distribui-se pelos oceanos tropicais Atlântico e Pacifico. No arquipélago dos Açores esta ave nidifica nas ilhas Santa Maria e Graciosa em apenas 3 colónias.
Reprodução: Nidifica em cavidades pouco profundas entre abril e setembro*.
Dieta: Alimenta-se de pequenos crustáceos e peixes, maioritariamente durante a noite.
Curiosidades: Só emite vocalizações no ninho, sendo silenciosa em voo.
Conservação: No arquipélago dos Açores a alma-negra apresenta um estatuto de conservação “Em Perigo”, dado que está restrita apenas a 3 ilhéus e apresenta um declínio da qualidade e extensão do seu habitat.
Distribuição: Esta espécie distribui-se pelos oceanos tropicais Atlântico e Pacifico. No arquipélago dos Açores esta ave nidifica nas ilhas Santa Maria e Graciosa em apenas 3 colónias.
Reprodução: Nidifica em cavidades pouco profundas entre abril e setembro*.
Dieta: Alimenta-se de pequenos crustáceos e peixes, maioritariamente durante a noite.
Curiosidades: Só emite vocalizações no ninho, sendo silenciosa em voo.
Conservação: No arquipélago dos Açores a alma-negra apresenta um estatuto de conservação “Em Perigo”, dado que está restrita apenas a 3 ilhéus e apresenta um declínio da qualidade e extensão do seu habitat.
Estapagado ou Pardela-sombria (Puffinus puffinus)
Morfologia: Esta espécie marinha apresenta uma dimensão entre 30 e 38 cm, um bico fino e alongado com um dorso de cor negra e ventre branco.
Distribuição: Reproduz-se no Atlântico e no arquipélago dos Açores nidifica nas ilhas do Corvo e das Flores. Distribui-se pelas águas da Argentina e da África do sul.
Reprodução: No arquipélago dos Açores reproduz-se em falésias costeiras e ilhéus, em buracos naturais ou escavados no solo, entre fevereiro e julho*.
Dieta: Alimenta-se de pequenas lulas e peixes.
Curiosidades: Esta ave marinha apresenta um batimento de asas muito rápido e forte.
Conservação: Nos Açores o estapagado está classificado como uma espécie “Em Perigo” dado que a sua população se encontra muito reduzida. Foram registadas 12 colónias desta espécie nas ilhas do Corvo e Flores, sendo estimado uma população reprodutora entre 115 a
235 casais.
Livro vermelho das aves de Portugal (ICNF)
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Distribuição: Reproduz-se no Atlântico e no arquipélago dos Açores nidifica nas ilhas do Corvo e das Flores. Distribui-se pelas águas da Argentina e da África do sul.
Reprodução: No arquipélago dos Açores reproduz-se em falésias costeiras e ilhéus, em buracos naturais ou escavados no solo, entre fevereiro e julho*.
Dieta: Alimenta-se de pequenas lulas e peixes.
Curiosidades: Esta ave marinha apresenta um batimento de asas muito rápido e forte.
Conservação: Nos Açores o estapagado está classificado como uma espécie “Em Perigo” dado que a sua população se encontra muito reduzida. Foram registadas 12 colónias desta espécie nas ilhas do Corvo e Flores, sendo estimado uma população reprodutora entre 115 a
235 casais.
Livro vermelho das aves de Portugal (ICNF)
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Frulho ou Pintainho (Puffinus lherminieri)
Morfologia: O frulho é uma espécie de pequena dimensão entre 25 e 30 cm e apresenta uma plumagem semelhante ao Estapagado, no entanto, pode ser distinguido pela sua plumagem branca ao redor dos olhos.
Distribuição: Distribui-se em águas temperadas e tropicais do Atlântico Norte, reproduzindo-se em vários arquipélagos europeus e americanos. No arquipélago dos Açores reproduz-se na maioria dos ilhéus.
Reprodução: Nidifica em fendas ou buracos de rochas, em zonas costeiras e em ilhéus geralmente inacessíveis, entre meados de janeiro e junho*.
Dieta: Alimenta-se de pequenas lulas e peixes durante o dia e á noite.
Curiosidades: O frulho para procurar as suas presas mergulha com frequência nos primeiros 15 metros da coluna de água.
Conservação: Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira o frulho está classificado com um estatuto de conservação “Vulnerável” dado que apresenta uma pequena população.
Livro vermelho das aves de Portugal (ICNF)
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Distribuição: Distribui-se em águas temperadas e tropicais do Atlântico Norte, reproduzindo-se em vários arquipélagos europeus e americanos. No arquipélago dos Açores reproduz-se na maioria dos ilhéus.
Reprodução: Nidifica em fendas ou buracos de rochas, em zonas costeiras e em ilhéus geralmente inacessíveis, entre meados de janeiro e junho*.
Dieta: Alimenta-se de pequenas lulas e peixes durante o dia e á noite.
Curiosidades: O frulho para procurar as suas presas mergulha com frequência nos primeiros 15 metros da coluna de água.
Conservação: Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira o frulho está classificado com um estatuto de conservação “Vulnerável” dado que apresenta uma pequena população.
Livro vermelho das aves de Portugal (ICNF)
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Painho-da-madeira (Hydrobates castro)
Morfologia: O painho-da-madeira é uma espécie de pequena dimensão entre 19 e 21 cm que apresenta uma plumagem negra.
Distribuição: O painho-da-madeira apresenta uma distribuição alargada pelos oceanos Pacífico e Atlântico. Na época de nidificação a sua área de distribuição em Portugal inclui o Arquipélago dos Açores, da Madeira, das Berlengas e as ilhas Selvagens.
Reprodução: É uma espécie que nidifica em fendas de rochas profundas ou buracos, entre setembro e fevereiro.
Dieta: Alimenta-se de pequenos crustáceos, peixes, pedaços de gordura e restos de outros predadores.
Curiosidades: Esta ave marinha ficou conhecida pelos pescadores como “melro-da-baleia” por consumir os restos das baleias caçadas.
Conservação: Apesar de a nível global o painho-da-madeira apresentar um estatuto de conservação pouco preocupante, em Portugal apresenta um estatuto “Vulnerável” devido a ser uma espécie colonial com uma pequena população.
Livro vermelho das aves de Portugal (ICNF)
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Distribuição: O painho-da-madeira apresenta uma distribuição alargada pelos oceanos Pacífico e Atlântico. Na época de nidificação a sua área de distribuição em Portugal inclui o Arquipélago dos Açores, da Madeira, das Berlengas e as ilhas Selvagens.
Reprodução: É uma espécie que nidifica em fendas de rochas profundas ou buracos, entre setembro e fevereiro.
Dieta: Alimenta-se de pequenos crustáceos, peixes, pedaços de gordura e restos de outros predadores.
Curiosidades: Esta ave marinha ficou conhecida pelos pescadores como “melro-da-baleia” por consumir os restos das baleias caçadas.
Conservação: Apesar de a nível global o painho-da-madeira apresentar um estatuto de conservação pouco preocupante, em Portugal apresenta um estatuto “Vulnerável” devido a ser uma espécie colonial com uma pequena população.
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Painho-de-monteiro (Hydrobates monteroi)
Morfologia: É a ave marinha mais pequena dos Açores, com uma dimensão entre 18 e 20 cm e tem uma plumagem castanho-escura. Esta espécie apresenta uma leve bifurcação na sua cauda.
Distribuição: Esta espécie apenas se distribui no arquipélago dos Açores não se encontrando em outro local do mundo. A sua nidificação ocorre nos ilhéus da ilha Graciosa.
Reprodução: Nidifica em fendas nas rochas ou em pequenas cavidades normalmente planas e baixas, entre março-abril e setembro-outubro*.
Dieta: A sua dieta é composta por pequenos peixes, crustáceos e cefalópodes (ex: lulas).
Curiosidades: O painho-de-monteiro é muito semelhante ao painho-da-madeira, sendo que foi recentemente considerado como uma nova espécie, diferente do painho-da-madeira.
Conservação: O estatuto de conservação desta espécie é "Vulnerável", devido à sua área de distribuição restringida e ao seu tamanho populacional reduzido.
Lista vermelha das aves (IUCN)
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Distribuição: Esta espécie apenas se distribui no arquipélago dos Açores não se encontrando em outro local do mundo. A sua nidificação ocorre nos ilhéus da ilha Graciosa.
Reprodução: Nidifica em fendas nas rochas ou em pequenas cavidades normalmente planas e baixas, entre março-abril e setembro-outubro*.
Dieta: A sua dieta é composta por pequenos peixes, crustáceos e cefalópodes (ex: lulas).
Curiosidades: O painho-de-monteiro é muito semelhante ao painho-da-madeira, sendo que foi recentemente considerado como uma nova espécie, diferente do painho-da-madeira.
Conservação: O estatuto de conservação desta espécie é "Vulnerável", devido à sua área de distribuição restringida e ao seu tamanho populacional reduzido.
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Importância de participar na conservação destas aves marinhas
Atualmente, embora não exista legislação específica sobre os efeitos da poluição luminosa nas aves marinhas, nem a nível nacional nem regional, todas as aves marinhas mencionadas são protegidas por diretivas impostas pela Comissão Europeia (Diretiva Aves e Convenção da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa – Convenção de Berna). A poluição luminosa é considerada uma ameaça prioritária para as aves marinhas e pode induzir alterações na sua orientação, no seu comportamento reprodutor e na sua comunicação visual. Como a maioria destas espécies apresenta um estatuto de conservação “Vulnerável” ou “Em Perigo” nos Açores, a sua conservação tem-se tornado cada vez mais alarmante.
