Vice-Presidente do Governo inaugurou exposição sobre Luís Vaz de Camões no Palácio dos Capitães-Generais
Vice-Presidência do Governo Regional
O Vice-Presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, presidiu à inauguração da mostra “Um Clássico Popular: Camões nos Açores”, no dia 30 de maio, no Palácio dos Capitães-Generais, em Angra do Heroísmo.
“Luís Vaz de Camões e a sua obra são parte indelével do imaginário coletivo dos terceirenses, e de todos os açorianos, como esta exposição bem demonstra”, sublinhou Artur Lima.
Os acervos bibliográficos de José do Canto e de José Afonso Botelho de Andrade exibidos pela primeira vez na ilha Terceira “são evidência disso mesmo”, destacou o Vice-Presidente do executivo.
Sobre Luís Vaz de Camões “foram escritas biografias, biografias das biografias, histórias, mitos, hipóteses mil”. O poeta “navegou por mundos então longínquos, incertos, talvez o único a fazê-lo à época entre os seus pares”, refletiu.
“A poesia de Camões testemunhou um contexto histórico em que novos mundos se revelavam - o das descobertas”, salientou Artur Lima. Nesse período, baía de Angra do Heroísmo era “abrigo e porto de refúgio”, prosseguiu.
Para o Vice-Presidente, “não é surpreendente, portanto, que muito se tenha explorado a possibilidade de Camões ter passado pela Terceira, em regresso da Índia”.
Sobre a “eterna questão se a Terceira é ou não a Ilha dos Amores d’ Os Lusíadas, provavelmente não saberemos”, afirmou Artur Lima, lançando, em seguida, um repto aos presentes: “deixemos essa interrogação no nosso imaginário como ponto de partida, não só para pensar Camões e a sua obra, mas para pensarmos a ilha em particular e os Açores em geral, e o seu papel na atualidade”.
O programa da sessão inaugural contou com a uma conferência do Comissário-Geral da Estrutura de Missão para as Comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, José Augusto Bernardes, subordinada ao tema “Comemorar Camões... ainda”. No final da cerimónia, seguiu-se uma primeira visita guiada pela Professora Doutora Maria do Céu Fraga.
A exposição é promovida pela Vice-Presidência do Governo dos Açores, em parceria com a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada e com o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores.
A instalação expositiva estará acessível a todos os interessados a partir de hoje e ficará aberta ao público até ao dia 31 de outubro.