1 de Setembro 2023 - Publicado há 446 dias, 16 horas e 36 minutos
Comunicado Governo dos Açores / Visit Azores - Operação da Ryanair continua nos Açores
location Ponta Delgada

A Ryanair mantém-se nos Açores e dará continuidade à operação que tem vindo a desenvolver para a Terceira e São Miguel, com voos domésticos e internacionais, ajustando-a à procura e mitigando o risco da operação.

Após longas e difíceis conversações entre a Região, a companhia aérea, o Turismo de Portugal e a ANA Aeroportos de Portugal, é com natural satisfação que se regista o bom resultado obtido com o trabalho realizado neste processo, assegurando a continuidade da operação de voos domésticos, bem como ligações internacionais a mercados estratégicos.

Para além de ligações Lisboa - Ponta Delgada e Porto -Ponta Delgada, bem como Lisboa - Terceira e Porto -Terceira, existirão ainda, durante o verão, ligações a Stansted (Londres, Reino Unido) e Nuremberga (Alemanha), que já apresentam perspetivas de reforço em 2025 face à operação prevista para 2024.

Durante o inverno IATA, a operação da Ryanair estará adaptada à procura esperada pela companhia e irá evoluindo à medida do crescimento da procura e do incremento turístico expectável na Região, disponibilizando novos voos de acordo com o comportamento do mercado.

A operação da Ryanair para os Açores contará, pelo menos, cerca de 2.032 voos anualmente. Durante o inverno IATA, para já, existirão duas frequências semanais LIS-PDL, 2 OPO-PDL, 2 LIS-TER e 2 OPO-TER, sujeitas a evolução consoante a procura. No verão IATA, existirão 13 frequências semanais LIS-PDL, 7 OPO-PDL, 1 STN-PDL e 1 NUE-PDL, bem como 4 LIS-TER e 2 OPO-TER. Cada uma destas frequências representa dois voos (ida e volta), perfazendo, assim, 352 voos no Inverno IATA e 1.680 voos no Verão IATA.

As difíceis conversações com a Ryanair estiveram sistematicamente sujeitas a vários obstáculos estruturais, completamente alheios à Região, mas que condicionaram todo o trabalho e que condicionarão a própria operação agora anunciada.

Entre estes obstáculos, destacam-se, de forma muito particular, os atuais constrangimentos e a falta de capacidade no aeroporto de Lisboa, com a consequente limitação de slots.

O impasse na decisão da localização e construção do novo aeroporto internacional de Lisboa é, cada vez mais, um motivo de grande preocupação, tal como já foi alertado pelo Governo dos Açores.

Tal já está a afetar gravemente a possibilidade de desenvolvimento da conetividade aérea para os Açores, apresentando-se como um inegável fator limitativo para a sustentabilidade do turismo como setor económico em expansão e, por consequência, como um penalizador entrave ao desenvolvimento socioeconómico da Região.

Acresce, ainda, que, de acordo com a Ryanair, a rentabilização da sua operação no inverno IATA está seriamente afetada por se verificar um significativo aumento de custos para a companhia, nomeadamente devido:

1) à decisão da ANA Aeroportos de Portugal em aumentar as taxas aeroportuárias, em Ponta Delgada, apesar da natureza periférica da Região, situação entretanto minimizada;

2) aos custos decorrentes dos aumentos nos preços dos combustíveis;

3) à reforma do ETS (Emissions Trading System) aplicável nos voos internacionais (apenas) da União Europeia (EU) para os Açores, que na perspetiva da Ryanair torna os destinos fora da UE mais competitivos, referindo, como exemplo, Marrocos e Turquia.

Para além disto, todo o processo negocial foi severamente afetado pela demorada resposta (entretanto já ultrapassada) por parte do Governo da República relativamente à redução das taxas de segurança e à respetiva publicação por portaria, algo reivindicado pela Ryanair durante longo tempo.

Não obstante, os Açores têm registado uma crescente evolução na procura turística, nos últimos três anos, resultado do reconhecido trabalho que o Governo dos Açores e a Visit Azores têm desenvolvido, ao nível da promoção turística, nos principais mercados emissores, bem como na captação de novas companhias aéreas e novas rotas a operar para o destino. Desde 2021, que a Região tem recebido novas operações aéreas, de companhias internacionais como a Lufthansa (Frankfurt), Swiss Air (Genebra), Iberia (Madrid), British Airways (Londres), Transavia (Paris e Amesterdão), Edelweiss (Zurique) e United Airlines (Nova Iorque), a par de um bom trabalho de abertura de novas rotas por parte da Azores Airlines.

Em particular para o inverno IATA, está previsto um reforço das ligações domésticas, da Azores Airlines e TAP, aproveitando oportunidades no novo contexto da conetividade aérea para os Açores, abrangendo Terceira e Ponta Delgada.

Perante esta dinâmica de crescimento turístico e de desenvolvimento da conetividade externa e da atratividade do destino, o Governo e a Visit Azores manifestam-se convictos num contínuo crescimento da procura e na criação de cada vez melhores oportunidades para expansão das operações existentes durante períodos cada vez maiores ao longo do ano.

De acordo com o recentemente aprovado Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores 2030, os objetivos são a consolidação do setor, a mitigação da sazonalidade e a capacidade de dispersão de fluxos turísticos pelas nove ilhas da Região.

Com a disponibilização dos voos no sistema de vendas da Ryanair a partir de hoje e durante a próxima semana, chega a bom porto um longo e difícil processo que assegura a conectividade externa da Região e a manutenção dos Açores na gigantesca rede promocional e de distribuição da Ryanair.

Do ponto de vista estratégico, mais do que o número de voos, importa, sobretudo, manter a Ryanair ligada aos Açores e assim assegurar a presença dos Açores no grande canal de distribuição que essa companhia aérea tem por toda a Europa.

É esse um fator da maior relevância neste processo, pois contribui para a exposição e a notoriedade do destino e para a e facilidade de chegar ao consumidor final em todos os mercados onde a Ryanair opera.

Governo dos Açores e o Conselho de Administração da Visit Azores.

© Governo dos Açores

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