Porto de Ponta Delgada é mola da economia regional e elemento de consistência das políticas públicas, lembra José Manuel Bolieiro
Presidência do Governo Regional
O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, visitou hoje o Porto de Ponta Delgada, em São Miguel, “mola” da economia regional, valorizando os investimentos feitos e garantidos para o curto e médio prazo e lembrando a “consistência das políticas públicas” do atual Governo, que “não dorme à sombra da bananeira” nem se move pela “espuma dos dias”.
“Temos uma governação convicta da consistência das políticas públicas estratégicas para o presente e o futuro dos Açores”, sustentou o governante.
Nesse sentido, prosseguiu, existe agora, com a atual governação, um “olhar mais rigoroso sobre o setor público empresarial”, com “racionalização de gastos, otimização de recursos e ação e intervenção com sentido estratégico”.
“A Portos dos Açores interpretou de forma saliente esta atitude e forma de estar na gestão de interesse público. Apesar do legado, é possível com consistência, estabilidade e tempo, corrigir ineficiências”, sublinhou José Manuel Bolieiro, que visitou o Porto acompanhado da Secretária com a tutela das Infraestruturas, Berta Cabral, numa ação conduzida pela administração da empresa, em concreto pelo seu Presidente, Rui Terra.
O passado, lembrou José Manuel Bolieiro, foi feito de “inércia e abandono” daquele que é o “porto mais decisivo para a economia” dos Açores – este equipamento, advogou ainda, “não pode ser negligenciado” e é “estratégico” para o futuro da Região, podendo ainda ser pioneiro na aplicação das transições digitais e energéticas.
“A Portos dos Açores pode liderar pelo exemplo nas transições digital e energética no quadro da economia azul. Temos de ser uma referência para o país e Europa nestas opções, como verdadeiro laboratório de futuro”, assinalou também.
“Não seremos indiferentes às necessidades operacionais” e ao fenómeno das alterações climáticas, que pode “criar graves constrangimentos” ao nível do mar, prosseguiu o Presidente do Governo - nesse sentido, a Portos dos Açores indicou que vai contratar um estudo que faça, de forma idónea, uma análise estratégica dos cenários possíveis para o médio prazo, apresentando um Plano Diretor para o Porto de Ponta Delgada a 10 anos.
“A reflexão sobre a proteção preventiva deve entrar no plano. Não ficaremos a dormir à sombra da bananeira”, asseverou José Manuel Bolieiro, novamente lembrando os constrangimentos provocados pelo mau tempo, como nos últimos anos se viu com o furacão Lorenzo e a Depressão Efrain, por exemplo.
José Manuel Bolieiro elogiou ainda a administração da Portos dos Açores pelos resultados líquidos e operacionais positivos da empresa, sinalizando que, em diálogo constante com os ‘stakeholders’, a empresa deve continuar a trabalhar em prol do futuro dos Açores.
E concretizou: “O Governo dos Açores não pode compactuar com o exercício de quem em política de terra queimada quer que tudo corra mal e não evidencie o que se está a melhorar”.
Rui Terra, pela Portos dos Açores, traçou um retrato dos investimentos recentes da empresa no Porto de Ponta Delgada e apresentou as perspetivas futuras para o mesmo.
Ainda que a atual infraestrutura portuária tenha capacidade de resposta para as necessidades atuais, importa projetar o futuro desta infraestrutura para os próximos anos, lembrou o responsável da Portos dos Açores.