“Reservas da Biosfera são importantes ferramentas para assegurar a proteção do património natural e cultural”, defende Alonso Miguel
Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática
O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, destacou este domingo, na Graciosa, as Reservas da Biosfera, classificadas pela UNESCO, são importantes ferramentas para assegurar a proteção do património natural e cultural e para promover o desenvolvimento de modelos de gestão sustentável, “reunindo os governos e as sociedades locais em torno desse objetivo”.
Alonso Miguel falava nas comemorações dos 15 anos de Reserva da Biosfera da Graciosa, numa altura em que, simultaneamente, se assinalou o 15.º aniversário da Reserva da Biosfera do Corvo.
“Encontrar um equilíbrio entre a responsabilidade de proteger o nosso património natural e cultural e a necessidade de estabelecer um caminho de progresso e desenvolvimento, sobretudo em paisagens humanizadas como as que caracterizam as quatro Reservas da Biosfera dos Açores é realmente um enorme desafio cujo sucesso depende fortemente do envolvimento dos cidadãos, instituições e empresas nas tomadas de decisão, no desenvolvimento de políticas ambientais e na adoção de boas práticas”, disse o governante.
A classificação da Graciosa como Reserva da Biosfera e a sua integração no Programa “Homem e Biosfera” da UNESCO, em 2007, “veio confirmar e fazer um justo reconhecimento da ilha enquanto território e ecossistema de sustentabilidade, valorizando a sua identidade, que deriva não apenas do seu ímpar património natural, mas também do seu património cultural, das suas tradições e das vivências das suas gentes”, frisou o Secretário Regional.
A marca “Biosfera Açores”, criada em 2011, conta já com 22 associados na Graciosa e “veio permitir envolver produtores, empresas, associações e outras entidades na valorização da ilha, através da promoção dos recursos, produtos e serviços locais, dinamizando a economia e criando valor acrescentado”, revelou.
De acordo com o governante, “o Plano de Ação da Reserva da Biosfera da ilha Graciosa, aprovado em 2020, é um instrumento fundamental para o crescimento e amadurecimento da ilha enquanto Reserva da Biosfera, assumindo-se como um compromisso para com a comunidade, rumo ao desenvolvimento sustentável”.
“A Graciosa tem dado passos muito importantes rumo à sustentabilidade, nomeadamente com o desenvolvimento de projetos exemplares e pioneiros ao nível da produção de energia a partir de fontes renováveis, como acontece com o Projeto Graciólica, sendo uma referência ao nível das boas práticas e de sustentabilidade energética para contextos insulares em todo o mundo”, considerou ainda Alonso Miguel.
“Por exemplo, em 2021, o sistema elétrico da ilha funcionou 100% a partir de energias renováveis durante 144 dias, o que permitiu poupar cerca de 2 milhões de litros de combustível fóssil e evitar a emissão de quase 6 mil toneladas de CO2 para a atmosfera”, explicou o responsável pela pasta do ambiente.
Alonso Miguel realçou o “vasto trabalho” desenvolvido na Reserva da Biosfera da ilha Graciosa ao longo dos últimos 15 anos, comprovado muito recentemente, com a assinatura de um Protocolo de Cooperação entre os Governos Regionais dos Açores e da Madeira, no âmbito das Reservas da Biosfera, proposto pela Madeira, “em reconhecimento do sucesso dos Açores na gestão das suas Reservas da Biosfera”.