Carne do Ramo Grande com denominação DOP “é orgulho para os Açores”, afirma António Ventura
Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural
O Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, António Ventura, afirmou hoje, na Praia da Vitória, que a atribuição da Denominação de Origem Protegida (DOP) à carne do Ramo Grande “é um motivo de orgulho para os Açores”, e vai permitir valorizar mais o produto.
“Este produto único, que resulta do saber fazer, das condições edafoclimáticas e geográficas, no caso da Região, junta-se agora a uma lista de outros produtos açorianos com qualificações comunitárias, reconhecidas nos acordos internacionais da União Europeia”, destacou António Ventura.
“É mais um produto açoriano que tem uma afirmação e um suporte jurídico de reconhecimento internacional”, clarificou o governante, depois de reunir-se com o diretor do Aeroporto Civil das Lajes, na Terceira, para anunciar a presença física de um veterinário e um inspetor fitossanitário, no âmbito das inspeções de animais e vegetais dos voos internacionais.
Para António Ventura, este controlo sanitário “é fundamental” para, no caso dos vegetais, “impedir a entrada de doenças nas culturas da Região” e, no caso dos animais, essa fiscalização permite também “impedir a entrada de novas doenças” nos Açores e no espaço europeu.
Para além disso, acrescentou o governante, é preciso agir na prevenção relativamente à “biossegurança e às questões das contaminações agroalimentares”.
No aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, essa presença de inspetores fitossanitários já é assegurada por quatro médicos veterinários.
A partir de hoje, frisou o responsável pela pasta da Agricultura na Região, “os açorianos ficam mais descansados”, uma vez que será “fiscalizada permanentemente”, no aeroporto das Lajes, a entrada de animais e vegetais, no âmbito da biossegurança mundial.
Relativamente ao impacto desta denominação DOP na produção de carne bovina do Ramo Grande, António Ventura considerou que vai permitir, desde logo, “o crescimento do efetivo pecuário do Ramo Grande”.
Segundo explicou, para que novos produtores adiram à carne do Ramo Grande é preciso agora a existência de “um plano de afirmação desse mesmo reconhecimento europeu”.
Interessa agora aos Açores, avançou o Secretário Regional, “criar um programa de afirmação, não só dentro da Região, como também no espaço internacional”, que permita que esta carne seja “reconhecida e valorizada”.
Segundo garantiu, o Governo vai agora apoiar-se neste selo DOP pata tentar “criar e conquistar novos mercados”, como forma de “valorização da economia regional e de criação de postos de trabalho” neste setor.
António Ventura evidenciou ainda que a carne do Ramo Grande apresenta uma textura e sabor diferentes, resultantes “da pastagem açoriana, do clima atlântico e dos solos vulcânicos, o que o torna num “produto único”.