Mónica Seidi diz que objetivo na Saúde é colocar “cada açoriano no centro das decisões e dos cuidados”
Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social
A Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, afirmou hoje que o compromisso do Governo dos Açores em 2026 para a Saúde consiste em potenciar um “sistema de maior proximidade, mais ágil e mais humanista, que integra a tecnologia e coloca cada açoriano no centro das decisões e dos cuidados”.
“Este é o caminho escolhido, conjugando as oportunidades dadas pelo PRR, que possibilitará ao Serviço Regional de Saúde (SRS) modernizar-se, diferenciar-se e tornar-se competitivo e aliciante para a fixação de profissionais de saúde”, assinalou.
Mónica Seidi falava na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na Horta, no segundo dia de debate em torno das propostas de Plano e Orçamento para o próximo ano.
Nos próximos tempos, haverá avanços em várias instituições, anunciou a governante, que declarou que o parque automóvel será renovado com 71 viaturas e serão comprados ‘robots’ cirúrgicos, “cujo lançamento dos respetivos concursos ocorrerá até ao final do presente ano”.
Ademais, serão adquiridos aparelhos TAC para o Hospital da Horta e a USI de São Jorge e serão substituídos os aparelhos de Raio-X das ilhas do Corvo, Flores, São Jorge, Pico e São Miguel.
“Através do PRR, a opção política deste Governo foi a de substituir todos os equipamentos obsoletos deixados pela governação socialista de mais de duas décadas. Contra factos não há argumentos! E isso, não é, nem pode ser visto como irrelevante”, acrescentou.
Mónica Seidi adiantou ainda que o Plano de Investimentos para 2026 contempla quatro programas diferentes para recuperação de listas de espera, para especialidades cirúrgicas e não cirúrgicas, sendo que, relativamente às cirurgias, falando no global, o SRS, em outubro de 2025, “aumentou em 11% o número médio de doentes operados desde maio de 2024”.
E prosseguiu: “entre maio e dezembro de 2024, o agravamento da lista de inscritos no HDES foi de 2.4%. Em 2025, entre janeiro e outubro, reduzimos esse agravamento para metade, ou seja 1.2%. Graças ao empenho dos nossos profissionais de saúde, estamos a recuperar! Mas queremos naturalmente responder de forma mais célere a quem aguarda, daí o reforço significativo das verbas para o Vale Saúde e para o Cirurge”.
No que refere ao Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), vitimado por um incêndio em 2024, o seu futuro “está a ser definido, seguindo os trâmites legais a que a Administração Central do Sistema de Saúde obriga”.
“Decorrem semanalmente as reuniões da comissão de análise, processo tecnicamente complexo e moroso. Já foi identificada uma preferência clara por um dos programas funcionais que no geral prevê a remodelação do atual edifício, a ampliação do SU/UCI, a área de ambulatório e novas áreas para a logística. Mas o novo HDES não será apenas betão. É necessário também diferenciar a resposta aos nossos utentes. Prova disso mesmo é a possibilidade de aquisição de um aparelho de PET, dirigido maioritariamente aos doentes oncológicos, que prevê uma poupança superior a 500 mil euros/ano, evitando deslocações para o exterior da Região”, disse Mónica Seidi.
Além disso, prosseguiu, o investimento recente no HDES “já está a produzir resultados”, sendo prova disso o facto de, em 2026, ter sido atribuída pela primeira vez uma vaga para a especialidade médica de urgência, que funciona no Hospital Modular, ou “até mesmo a visita recente do Colégio de Medicina Intensiva ao serviço que funciona também no Hospital Modular, e que destacou a evolução organizacional, assistencial e material, atribuindo-lhe duas vagas de especialidade para 2026”.
“Sabemos bem onde estamos e para onde queremos ir. Na Saúde, este Governo deixará, como parte do seu legado, um novo e moderno HDES”, continuou.
No campo dos comportamentos aditivos, as políticas regionais estão em consonância com a política nacional, europeia e outras estratégias internacionais, com a Task Force Açores, “que poucos tanto criticaram”, a desempenhar um “papel decisivo”.
E justificou: “fruto deste trabalho, e graças à ação de vários intervenientes a nível regional, conseguimos diligenciar para que no próximo ano seja possível criminalizar a substância NEP, implicando pena de prisão”.
“Para 2026, queremos também reforçar a capacidade dos parceiros do setor que trabalham diretamente no eixo da prevenção e do tratamento. O Governo Regional já acordou com as Casas de Saúde o valor das diárias no âmbito dos comportamentos aditivos e saúde mental, para os próximos quatro anos. Para 2026, a diária aumentará 10% no caso da Saúde Mental e 11% para os comportamentos aditivos, depois de vários anos congelada pela governação socialista”, vincou também a Secretária Regional.
Já no que refere às IPSS, e assumido que está o “momento delicado que atravessam”, em virtude de atrasos de pagamentos da República, prosseguirão “todos os esforços para que o IGF transfira o valor em falta do acordo de cooperação para o ISSA”.
Também para a área social, os investimentos PRR, defendeu Mónica Seidi, “são de extrema importância”, e permitem dotar as IPSS de melhores condições.
“No próximo ano, aumentaremos a capacidade de várias valências nas áreas: do apoio aos idosos, ao público com necessidades especiais e o apoio à infância em mais de 240 novas vagas, nas ilhas Graciosa, São Miguel, Flores e Pico. São nove empreitadas. Mais 240 vagas. E mais 1,6 milhões de euros de financiamento para as nossas instituições”.
Relativamente ao programa Novos Idosos, implementado no XIII Governo dos Açores e com continuidade na atual governação, este já abrangeu 519 idosos açorianos, sendo o seu sucesso “inquestionável”.
E concluiu: “antecipámos o cumprimento da meta já em setembro de 2025, e teremos a possibilidade de estender o mesmo até 2026 com financiamento do PRR”.
Nota relacionada: Intervenção da Secretária Regional da Saúde e Segurança Social