Presidente do Governo lembra Monsenhor Augusto Cabral como um “educador do serviço às pessoas contra o egoísmo”
Presidência do Governo Regional
O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, associou-se este sábado à homenagem do concelho do Nordeste, na ilha de São Miguel, a Monsenhor Augusto Cabral, um filho da terra que faleceu a 21 de dezembro de 2016 e cuja vida e obra é uma “oportunidade de inspiração” pela vocação e serviço como “educador da fé e da atitude, do serviço às pessoas contra o egoísmo”.
“É esta a inspiração que eu creio que merece ser eterna para a nossa vivência na memória de Monsenhor Augusto Cabral”, disse o Presidente do Governo durante a cerimónia de homenagem promovida pela Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na freguesia da Lomba da Fazenda, e na qual participou o Bispo de Angra, D. Armando Esteves, que presidiu à celebração eucarística.
Monsenhor Augusto Cabral nasceu na Fazenda do Nordeste a 16 de janeiro de 1937.
Exerceu a atividade sacerdotal durante 57 anos, tendo desempenhado importantes cargos na Igreja, entre os quais: Vigário-geral da Diocese de Angra; Reitor do Seminário Episcopal de Angra; Delegado do Serviço Diocesano da Evangelização e Catequese na ilha de São Miguel; Diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã; e do Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada.
A homenagem pública contou com descerramento da placa toponímica que passa a designar o até agora Largo da Igreja pelo nome de Largo Monsenhor Augusto Cabral, por deliberação da Câmara Municipal de Nordeste, e do busto de bronze, no mesmo largo, da autoria de José Carlos Almeida.
“O lugar é distinto mas a personalidade que lhe dá agora o nome elevará a dignidade deste lugar. Que bela ideia foi a de aproveitar este processo de toponímia para homenagear a pessoa que se extingue e honra a comunidade”, disse José Manuel Bolieiro, para se associar, enquanto Presidente do Governo dos Açores, “a esta homenagem e a este reconhecimento”.
José Manuel Bolieiro enalteceu, por isso, a decisão da Paróquia, da freguesia, do concelho do Nordeste, da Diocese de Angra e da Região Autónoma dos Açores de “homenagear com sentimento” alguém que “é referência para muitas gerações”, afirmando que “o reconhecimento é valioso porque distingue também os que homenageiam os merecedores de forma justa deste reconhecimento”.
Aos familiares de Monsenhor Augusto Cabral, presentes na sessão e representados por João Fagundo, o líder do Executivo açoriano expressou “uma palavra de estima e orgulho”, afirmando ser uma honra “testemunhar a valorização de alguém de que se distinguiu pela sua obra, dando de si à comunidade em vez de pensar em si”.
A cerimónia contou ainda com a intervenção do Pe. Jorge Ferreira, Diretor Espiritual no Pontifício Colégio Português em Roma e colaborador no Dicastério para o Culto do Divino e Disciplina dos Sacramentos, que se referiu a Monsenhor Augusto Cabral como alguém que “valorizava o papel da cultura como meio de desenvolvimento humano, tendo pertencido ao Instituto Açoriano de Cultura”.
“O Monsenhor Augusto Cabral merece a deferência e a consideração pelo empenho que demonstrou por diversas vezes na resolução de tantas e variadas dificuldades que surgiram ao longo das décadas nas casas dos particulares ou nas instituições públicas, sociais, culturais e desportivas desta Lomba da Fazenda”, disse, para descrever” um homem que tanto amou esta comunidade”.
Participaram na cerimónia de homenagem, entre outros representantes de entidades e instituições, o Presidente da Câmara Municipal de Nordeste, António Miguel Soares; o Presidente da Assembleia Municipal de Nordeste, Rogério Frias; o Presidente da Junta de Freguesia da Lomba da Fazenda, Rafael Moniz Vieira; e o deputado à Assembleia Legislativa dos Açores, Flávio Soares.