4 de Junho 2025 - Publicado há 2 dias, 5 horas e 54 minutos
Mónica Seidi avança que Observatório Regional das Drogas começará a ser definido ainda este ano
location Horta

Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social

A Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, adiantou hoje que o Observatório Regional das Drogas “começará a ser definido no presente ano” com o reforço da equipa da Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências na ilha de São Miguel.

“Será uma ferramenta valiosa de produção de conhecimento, permitindo recolher dados por ilha, faixa etária e tipologia de risco, viabilizando uma afinação progressiva das políticas públicas adaptadas à realidade de cada comunidade. A sua implementação evoluirá por três fases distintas, sendo que será necessário um parceiro externo com conhecimento na área”, sustentou.

A governante falava na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, num debate de urgência promovido em torno das dependências químicas e tecnológicas.

Reconhecendo que “há um longo caminho a percorrer” neste campo, Mónica Seidi sublinhou que “nada mais errado há do que pensar que o Governo Regional não está desperto para esta problemática, sendo certo que nem sempre são imediatamente visíveis os resultados das opções tomadas”.

“A articulação no terreno, o trabalho de forma coordenada para evitar duplicação de oferta desnecessária entre as várias instituições são desafios que diariamente e de forma natural vão surgindo. Todos nós temos de fazer mais. E para tal também é importante que estejamos tecnicamente bem sustentados para tomar as melhores decisões”, disse.

E prosseguiu: “esta problemática é transversal a qualquer sociedade, porque na atualidade os números estão novamente a subir a nível nacional e europeu e todos queremos evitar que na Região Autónoma dos Açores esta temática seja para muitos algo inevitável ou mesmo uma fatalidade”.

No Parlamento, a governante adiantou ainda que o “Programa Regional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências”, que preconiza uma intervenção em linha com o que o país e a União Europeia “consideram ser basilar para trabalhar nesta área”, será apresentado publicamente a 27 de junho, numa sessão envolvendo as regiões da Macaronésia.

“Estas regiões enfrentam desafios comuns no âmbito dos comportamentos aditivos e dependências e saúde mental”, advogou, acrescentando que alguns dos princípios do programa passam pela “centralidade no cidadão” ou a “intervenção integrada que implica que toda a comunidade esteja envolvida”.

Sobre a ‘task force’ criada a propósito destas dependências, Mónica Seidi declarou que a mesma prepara agora a sua 12.ª reunião, a decorrer ainda esta semana, e onde será analisada e debatida “a implementação de salas de consumo assistido na Região”.

Ademais, a orgânica do XIV Governo Regional dos Açores criou, em matéria de dependências, um núcleo da prevenção na ilha de São Miguel, composto por um psicólogo, dois sociólogos e um farmacêutico, que trabalharão em estreita articulação com as entidades que têm competência neste eixo de atuação.

“Além deste reforço em recursos humanos, que se efetivará ao longo deste ano, o Governo Regional apoiou ainda a criação da Equipa de Prevenção Sementes de Mudança, através de um protocolo com a Associação Desliga, cujo início aconteceu no presente mês de junho. Com esta ação, poderemos dizer que todas as ilhas estão cobertas com equipas que trabalham esta eixo de atuação, sendo que nas restantes ilhas o «Programa Haja Saúde» da Casa de Povo de Santa Bárbara e a equipa +Saúde, da Santa Casa da Misericórdia de São Roque, têm essa responsabilidade de intervenção”, prosseguiu.

E concretizou: “Para que não restem dúvidas, a prevenção é sem dúvida alguma a aposta clara que temos de continuar a fazer, de forma a evitar o início de consumos, e para que todo e qualquer individuo tenha noção das escolhas feitas. Relativamente ao eixo do tratamento, o grande objetivo consiste em disponibilizar a toda a população o acesso em tempo útil a respostas terapêuticas integradas. A intervenção integrada implica que toda a comunidade esteja envolvida no processo de intervenção”.

© Governo dos Açores | Fotos: SRSSS

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