Setor apícola em crescimento nos Açores, valoriza António Ventura
Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação
O setor apícola na Região Autónoma dos Açores tem demonstrado enorme resiliência ao longo do tempo, e os dados dos últimos anos demonstram isso mesmo - apesar dos constantes desafios, sejam de ordem climática, sejam relativos à menor disponibilidade de flora melífera, sejam ainda de ordem sanitária, nos últimos cinco anos verificou-se um crescimento no número de apicultores, apiários e colónias.
No final de 2024, e face ao ano anterior, os dados do Registo da Atividade Apícola apontaram um crescimento de cerca de 7% no número de apicultores, 6% no número de apiários, e cerca de 4% no número de colónias.
Para o Secretário Regional da tutela, António Ventura, “o setor da apicultura nos Açores está em desenvolvimento e todo o mel produzido encontra sempre mercado”.
“A existência de um diálogo entre as várias associações do setor, a Federação Agrícola dos Açores e o Governo, tem permitido o progresso e ajustamento das políticas públicas para a apicultura”, assinala o governante.
Importa recordar que têm sido vários os incentivos regionais à produção de mel nos Açores, nomeadamente a inclusão no programa regional de ajudas à compra de equipamentos agrícolas “Agroacrescenta”, com apoios até 50%, majorados em 5% para jovens agricultores e produtos qualificados até ao máximo elegível de 10 mil euros; a atribuição de um suplemento de 30 euros por colmeia em produção; ou a inclusão da Apicultura no Programa de Capacitação dos Agricultores e de Promoção da Literacia em Produção e Consumo Sustentáveis, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o estabelecimento de vários cursos de formação.
Pela primeira vez, e desde este ano, o benefício fiscal do gasóleo agrícola passa a incluir também os apicultores.
Os serviços florestais, por seu turno, têm vindo a distribuir de plantas melíferas pelas câmaras municipais e procedem à plantação em locais públicos.
O ano de 2025 apresenta-se como o derradeiro ano para ficar cabalmente implementado, na Região, o serviço de esterilização e moldagem de cera, sem encargos para todos os apicultores.
Este serviço passará a ser efetuado em exclusivo pelos Serviços de Desenvolvimento Agrário das Ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial, beneficiando todo o universo de apicultores regionais.
Para atingir este desiderato, foram adquiridos pela Direção de Agricultura, Veterinária e Alimentação (DRAVA) equipamentos com vista a apetrechar e modernizar os locais de processamento e, também, tem-se vindo a fornecer gratuitamente, nos últimos anos, cera produzida biologicamente, para compensar todos os apicultores das perdas que ocorrem no processo de esterilização e moldagem.
A recente entrada da Vespa Velutina em território regional levou a DRAVA a atuar com rapidez, rigor, e em coordenação com serviços oficiais e organizações de apicultores, no sentido da contenção da propagação deste inseto invasor.