Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática comemora Dia Mundial das Zonas Húmidas
Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática
A Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática preparou um conjunto de atividade para assinalar o Dia Mundial das Zonas Húmidas, que tem como objetivo sensibilizar para a proteção dessas áreas e destacar sua importância para a vida no nosso planeta. O tema para 2025 é “Proteger as Zonas Húmidas para o Nosso Futuro Comum”.
O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, recordou que, nos Açores, existem atualmente 13 Zonas Húmidas classificadas como sendo de Importância Internacional, no âmbito da Convenção de Ramsar, atendendo a sua raridade no contexto internacional, e nomeadamente no contexto da região biogeográfica, a Macaronésia, que representam uma área de aproximadamente 13 mil hectares.
Alonso Miguel explicou que “as zonas húmidas são meios com uma importância fundamental para as populações humanas, atendendo a um vasto conjunto de serviços que prestam, como a regulação do ciclo hidrológico, a recarga de aquíferos, o controlo de inundações, a retenção de nutrientes, a produção de biomassa, e, também, para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, mais concretamente no que se refere ao sequestro de carbono da atmosfera”.
O governante referiu que, reconhecendo a importância desses ecossistemas para a diversidade biológica, a Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática desenvolve diversas ações e projetos de restauro, preservação e monitorização, como acontece com os Projetos LIFE, com destaque para o projeto LIFE IP AZORES NATURA, que é o maior projeto de conservação da natureza alguma vez desenvolvido nos Açores, com uma dotação superior a 19 milhões de euros.
“Estes projetos de conservação contribuem, de forma integrada, para a melhoria da sustentabilidade das zonas húmidas, através do envolvimento de diversas entidades públicas, associações e da população em geral, numa lógica orientada para a conservação e valorização da natureza e dos serviços ecossistémicos, fundamentais para o bem-estar e segurança das populações e para o seu desenvolvimento económico”, acrescentou.
Alonso Miguel lembrou que, nesta data, assinala-se igualmente o Dia Nacional do Vigilante da Natureza, sendo que o Governo Regional “não pode deixar de destacar a sua importância na Região, reconhecendo, no seu trabalho diário, enquanto primeira linha de defesa do ambiente em cada uma das ilhas”.
O Secretário Regional sublinhou o importante papel dos Vigilantes da Natureza dos Açores, destacando o contributo destes profissionais na conservação da natureza, considerando que são “essenciais para a sensibilização das populações para uma gestão equilibrada e responsável dos recursos naturais e para a monitorização, preservação e conservação da natureza e da biodiversidade”.
Alonso Miguel destacou o “reforço recente de meios à disposição do corpo de Vigilantes da Natureza, com a contratação de mais 12 efetivos, e com a aquisição de equipamentos essenciais para a sua atuação, como viaturas ‘pick-up’, embarcações pneumáticas e maquinaria, num investimento de cerca de um milhão de euros”.
“Foram também promovidas diversas formações e adquiridos drones para cada um dos nove Serviços de Ambiente e Ação Climática, representando um investimento de cerca de 60 mil euros, e que estão ao dispor do corpo de Vigilantes da Natureza”, referiu.
Alonso Miguel revelou que, para assinalar estas efemérides, a Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática está a dinamizar, entre os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, diversas atividades direcionadas para a comunidade escolar em todas as ilhas, com o objetivo de sensibilizar para a importância das Zonas Húmidas na preservação da biodiversidade, bem como dar a conhecer as funções de vigilância, fiscalização e monitorização desempenhadas pelos Vigilantes da Natureza.
O governante acrescentou que “as atividades programadas incluem a realização de sessões informativas, circuitos interpretativos, visitas guiadas aos centros ambientais, observações de aves, plantações de espécies endémicas, remoção de espécies invasoras e limpezas da orla costeira, estimando-se que estas atividades envolvam várias centenas de participantes”.