Taludes da Ribeira Quente vão ser alvo de estudo no âmbito do projeto PRISMAC
Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas
A Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, através da Direção Regional das Obras Públicas, vai ser parceira do PRISMAC – Análise, Mitigação e Gestão do Risco de Movimentos de Vertente, potenciados pelas alterações climáticas na Macaronésia. A freguesia da Ribeira Quente foi a escolhida, tendo em conta a instabilidade dos taludes, para arrancar com este projeto nos Açores.
A 11 de março próximo, a Secretária Regional da tutela, Berta Cabral, preside, em Ponta Delgada, à cerimónia de assinatura do respetivo contrato entre a Direção Regional das Obras Públicas, a Viceconsejería de Infraestructuras del Gobierno de Canarias, o IVAR – Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos.
O projeto conta ainda como parceiros a Fundação Gaspar Frutuoso, o Instituto Vulcanológico das Canárias, a Universidade Técnica do Atlântico e a Universidade de Cabo Verde.
Numa região com os precedentes da produção de ciência e desenvolvimento técnico-científico a Direção Regional das Obras Públicas, enquanto centro de competências nesta área específica, congrega a diversidade de conhecimento a fim de pela primeira vez coordenar um projeto específico, para suprir as necessidades de valências da prevenção, da antecipação e capacitação, como consta das propriedades do PRISMAC.
O projeto em questão tem um orçamento global de 1.255.090,00 €, sendo comparticipado pelo FEDER em 85%.
Saliente-se que, no âmbito do programa INTERREG VI-D Madeira, Açores, Canárias (MAC) 2021-2027, o PRISMAC é coordenado pela Direção Regional das Obras Públicas como parceiro principal e tem subvenção FEDER atribuída para a concretização das suas atividades estratégicas.
O PRISMAC consiste em três vertentes essenciais para três regiões que sofrem da mesma patologia (instabilidade de taludes) e que em conjunto será executado por um período de quatro anos.
O objetivo principal do PRISMAC é analisar, mitigar e gerir riscos naturais, particularmente o risco de movimentos de vertente, potenciado pelas alterações climáticas.
O projeto visa o desenvolvimento e harmonização de metodologias de análise da suscetibilidade e do risco a movimentos de vertente com vista à identificação de locais de risco para o desenvolvimento de sistemas de monitorização, alerta e alarme, à escala local e regional, para cada uma das regiões.
Tem ainda como objetivo a disseminação de conhecimento entre os parceiros envolvidos, capacitar as entidades envolvidas na resposta a situações de catástrofe e aprimorar na mitigação do risco de movimentos de vertente.