Artur Lima preside à Assembleia Geral da Comissão das Ilhas em Gozo, Malta
Vice-Presidência do Governo Regional
O Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, presidiu à Assembleia Geral da Comissão das Ilhas da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas (CRPM), que decorreu no Centro de Conferências e Exposições da ilha de Gozo, em Malta.
Numa sessão dedicada ao desenvolvimento de uma economia sustentável, Artur Lima afirmou: “as nossas ilhas podem e devem ser laboratórios de sustentabilidade, onde testamos soluções inovadoras, retirando daí os respetivos dividendos”.
“Pela nossa natureza geográfica, enfrentamos desvantagens estruturais que já não deviam acontecer no século XXI. A nossa dependência dos transportes aéreos e marítimos não deve ser inibidora do nosso desenvolvimento, mas antes uma fonte de oportunidades que promova uma economia sustentável na nossa Região”, defendeu o governante.
O Vice-Presidente do Governo dos Açores sublinhou, ainda, que o caminho para um desenvolvimento económico justo passa por uma maior autonomia energética, que se reflita na exploração de fontes de energia alternativas e na possibilidade de armazenamento da mesma em baterias elétricas.
O turismo sustentável foi outro dos temas em destaque, dada a centralidade desta indústria na economia dos vários arquipélagos europeus. A convergência do fomento económico proveniente da atividade turística com a promoção do bem-estar das comunidades insulares e da sustentabilidade é um desígnio a seguir pela Comissão das Ilhas.
A Região Autónoma dos Açores integra e preside a Comissão das Ilhas da CRPM, órgão criado em 1979 e que tem como princípio a noção de que as ilhas não devem ser sinónimo de isolamento. A Comissão das Ilhas pretende alertar, nomeadamente, para os constrangimentos decorrentes da insularidade e para a criação de políticas comunitárias com vista à sua mitigação.
A CRPM foi criada em 1973 e tem como objetivo promover o interesse das regiões marítimas europeias junto das instituições europeias. As suas áreas de atuação centram-se na coesão económica, social e territorial das regiões, defendendo também a transição energética, o combate às alterações climáticas e o desenvolvimento equitativo e harmonizado dos seus membros.