Promover a inclusão digital e combater a infoexclusão

Oficinas de competências digitais

As exigências da sociedade e da própria Europa têm vindo a impor que se aposte cada vez mais na promoção da literacia e cidadania digitais e do desenvolvimento de competências em tecnologias da informação e da comunicação (TIC).

A aquisição dessas competências é condição essencial para que se atinja a plena cidadania digital, de forma inclusiva, para todos os cidadãos, dedicando especial atenção aos grupos de cidadãos mais vulneráveis, como é o caso da faixa etária da terceira idade, dos cidadãos com deficiência ou dos jovens desempregados. Foi neste quadro que surgiu a iniciativa para a promoção das competências digitais e das tecnologias da informação e comunicação  – a PROTIC - que pretende promover a inclusão digital e combater a infoexclusão através de ações de formação com conteúdos pedagógicos adequados aos públicos-alvo.

Ao mesmo tempo, a PROTIC atualizou os moldes em que são concedidos os apoios às entidades que desenvolvem atividades para a  promoção de competências nas áreas das Tecnologias da Informação e da Comunicação, sobretudo no que respeita aos Espaços TIC, os quais proliferaram de forma desordenada e redundante nos últimos anos.  O anterior modelo de atuação assente em Espaços TIC está atualmente desfasado perante as necessidades concretas da sociedade da era digital e não dá resposta adequada às demandas, cada vez mais presentes, da Europa que aposta cada vez mais numa sociedade provida de competências digitais, nomeadamente no que respeita às áreas das STEM (Science, Technology, Engineering and Math), como a robótica e a programação.

A Iniciativa PROTIC é composta por um conjunto de 4 medidas destinadas à promoção da literacia e cidadania digitais e do desenvolvimento de competências TIC, incluindo  a medida destinada à promoção de ações de formação, de índole não profissional, destinadas à aquisição de competências necessárias para uma cidadania digital plena, com particular relevo para os grupos de cidadãos mais vulneráveis à infoexclusão.

Surgem neste contexto as Oficinas de Competências Digitais (OCD), as quais têm por objetivos:

  • Garantir a literacia e a inclusão digitais para o exercício pleno da cidadania, no âmbito das ferramentas de e-Government;
  • Estimular a especialização em tecnologias e aplicações digitais para a qualificação do emprego;
  • Fomentar a reorientação profissional para as tecnologias da informação e da comunicação;
  • Promover a especialização em aplicações digitais utilizadas nas atividades do quotidiano;
  • Estimular e reforçar competências digitais na formação de adultos e na aprendizagem ao longo da vida, contemplando não só as competências básicas como outras mais avançadas.

Existem atualmente 25 Oficinas de Competências Digitais, cada uma das quais com a duração de 3 anos, sendo 20 em São Miguel, 1 em Santa Maria, 1 na Terceira, 2 no Faial e 1 em São Jorge, representando um investimento total superior a 640.000,00€ em apoios veiculados pela Direção Regional da Ciência e Transição Digital. 

As Oficinas de Competências Digitais são dinamizadas por entidades muito diversificadas, tais como:

  • Centros de ciência
  • Câmaras Municipais
  • Juntas de Freguesia
  • Santas Casas da Misericórdia
  • Casas do Povo
  • Conservatório Regional de Ponta Delgada
  • Associações sem fins lucrativo

As 25 Oficinais de Competências Digitais atualmente em atividade foram já responsáveis por mais de 320 ações de formação que envolveram cerca de 6.000 formados, enquadrados nas seguintes tipologias: